Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024
No menu items!

Argentina é o país convidado do Festival de Cinema do Douro

Já com data marcada, começam agora a brotar as primeiras informações sobre a segunda edição do Douro Film Harvest, um evento que nasceu com o objectivo de “aliar a magia e glamour do cinema à beleza e romantismo inquestionável da região” e que, este ano, traz muitas novidades. Um país em destaque, a criação de uma comissão de curadores, a realização de conferências e workshops e o alargamento dos locais de exibição para outros dois concelhos e para adegas, são algumas das inovações da edição de 2010 do festival.

-PUB-

De 7 a 11 de Setembro, o Douro vai receber a segunda edição do Douro Film Harvest, um festival de cinema internacional que este ano, orçado em 650 mil euros, vai trazer ao Douro as melhores ‘colheitas’ cinematográficas e grandes estrelas da sétima arte mundial.

Ivan Dias, director do festival, adianta que entre as grandes novidades desta segunda edição do festival de cinema está a escolha de um país homenageado, nomeadamente a Argentina. “Temos uma relação de proximidade com a Argentina porque em Mendonza estão também a relacionar vinho e cinema”, explicou o mesmo responsável, revelando que o facto de na última edição dos prémios da Academia de Hollywood um filme argentino ter vencido um Óscar foi “a cereja no cimo do bolo”.

Na sequência do destaque que será dado à Argentina, surge o nome do primeiro de três convidados especiais para a vindima cinematográfica do Douro, Gustavo Santoalalla, músico natural da Argentina que, em seis anos de carreira, já é um dos mais galardoados compositores de bandas sonoras, sustentando vários prémios, entre os quais dois Óscares e dois Globos de Ouro por trabalhos em filmes como “Brokeback Mountain”, “Babel”, “21 gramas”, “O diário de Che Guevara” ou “Amor cão”.

No que diz respeito à estrutura do festival em si, Ivan Dias sublinhou o alargamento dos espaços de exibição dos filmes, que este ano, para além de Vila Real e Lamego, vão ser projectados em Freixo de Espada à Cinta e Sabrosa, sendo de sublinhar ainda a apresentação de alguns “wine films” (filmes ligados ao vinho e à gastronomia) em adegas da região.

Outra das grandes novidades do Douro Filme Harvest 2010 vai para a realização de conferências e workshops que vão trazer a região “os melhores profissionais do mundo do cinema para autênticas Master Classes”. “Queremos não só comunicar o Douro para fora, mas tentar atrair estudantes de cinema para que aprendam com os melhores”, referiu. Apesar de já ter na calha vários nomes para os painéis de conferências e workshops, a organização começa por confirmar a presença de Edson Athayde. O publicitário de origem brasileira que agora saltou para o mundo do cinema vai ensinar aos participantes, num dos workshops, “como se transforma um livro num guião de cinema”.

Apesar da organização reconhecer que ainda está “a encher a garrafa” do festival no que diz respeito aos filmes participantes e aos nomes das estrelas que virão ao Douro em Setembro, já é possível confirmar que vai ser no Douro Filme Harvest a ante-estreia nacional do filme “O último Voo do Flamingo”, de Luís Galvão Telles. “Havia outros convites de outros festivais nacionais de cinema para esta ante-estreia. Acredito que o facto de Luís Galvão Telles ser também um filho do Douro pesou na sua decisão”, sublinhou Ivan Dias.

“Este é o único festival de cinema descentralizado do mundo”, garantiu Manuel Vaz, presidente do Douro Filme Harvest que, apesar de reconhecer o esforço exigido ao nível da organização, garante que essa característica da mostra é para continuar e mesmo para alargar.

O presidente do festival sublinhou ainda que, apesar da organização não ter ficado satisfeita com a resposta do público na primeira edição do Douro Harvest, este não pretende ser “um evento de massas, mas sim um evento de cinema gourmet, para o qual todos estão convidados”, sendo por isso garantida “uma política de preços muito baixa”.

António Martinho, presidente da Entidade Regional de Turismo do Douro, responsável pela organização do festival contabilizou que para este ano está previsto um orçamento que poderá chegar aos 650 mil euros.

APOIE O NOSSO TRABALHO. APOIE O JORNALISMO DE PROXIMIDADE.

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo regional e de proximidade. O acesso à maioria das notícias da VTM (ainda) é livre, mas não é gratuito, o jornalismo custa dinheiro e exige investimento. Esta contribuição é uma forma de apoiar de forma direta A Voz de Trás-os-Montes e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente e de proximidade, mas não só. É continuar a informar apesar de todas as contingências do confinamento, sem termos parado um único dia.

Contribua com um donativo!

VÍDEOS

Mais lidas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS