Numa altura em que autarquia procede já à análise das propostas apresentadas no âmbito do concurso público para a construção do Centro Transfronteiriço de Serviços Logísticos, foi aprovada, em Assembleia Municipal, a expropriação de parte dos terrenos da Quinta do Trem, o espaço do Centro Histórico de Vila Real, onde será construída, ainda, uma zona de lazer e um parque de estacionamento.
Foi aprovado, por maioria, na reunião da Assembleia Municipal que se realizou no dia 23, a “Declaração de utilidade pública de expropriação urgente” da Quinta do Trem, espaço onde ficará sedeado o Centro Transfronteiriço de Serviços Logísticos (CTSL) de Vila Real.
“Com a aquisição destes terrenos, queremos dar cumprimento à parte dos Planos de Pormenor do Centro Histórico e do Parque Corgo”, explicou Manuel Martins, autarca vila-realense, adiantando que, para além da reconstrução do edifício já existente, para a implementação do CTSL, os Planos prevêem, ainda, a construção de “uma praça, com vista sobre o rio, e um parque de estacionamento”.
Relativamente ao Centro de Logística, o edil adiantou que “em breve”, a obra será adjudicada, sendo de realçar que o Concurso Público recebeu propostas das empresas “Quelhas S.A” e “Sofranda S.A.” que apresentaram valores de proposta de 580.539.78 e 592.619.24 euros, respectivamente, “seguindo-se, agora, um período de análise, pela Comissão de Análise de Propostas”.
O objectivo de trazer o CTSL ao Centro Histórico prende-se com o intuito final de, segundo Manuel Martins, “trazer mais gente àquela área da cidade” que, desde há muito, vem sofrendo com o fenómeno de desertificação.
A idealização da constituição do Centro Transfronteiriço surgiu, no âmbito do projecto “Logística Transfronteriza SP2.P.39/03” que, financiado pelo programa INTERREG III, resulta da estreita relação da capital de distrito transmontana com a cidade espanhola de Benavente, onde será construída uma estrutura idêntica.
Questionado sobre uma decisão de expropriação para o “Hotel do Parque” (edifício votado ao abandono e que, há décadas, espera por uma solução), Manuel Martins explicou ser uma questão completamente distinta. Mas adiantou que “terá desenvolvimentos, em breve”.
Maria Meireles