Domingo, 23 de Março de 2025
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“Assinar contrato profissional foi uma sensação única e de grande orgulho”

Natural de Peso da Régua, o jovem Nuno Teixeira começou a jogar no Clube Caça e Pesca do Alto Douro, passou pelo SC Régua e hoje, com apenas 17 anos, já é um central em evidência no SC Braga, onde vive um sonho e espera chegar longe no futebol.

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Qual é a tua primeira memória com uma bola de futebol? 

Desde pequeno que sempre gostei de brincar com a bola, mas foi com 6 anos que tudo começou no Clube Caça e Pesca do Alto Douro (CCPAD).

Começas no CCPAD e quando sais de lá és campeão ainda infantil. Que recordações tens dessa altura e desse título?

Foi uma época que ficará sempre na minha memória, porque foi onde conquistei o meu primeiro título. Lembro-me perfeitamente que ganhamos o campeonato na última jornada contra o Chaves, que era o nosso grande rival, o que tornou esta conquista ainda mais saborosa. 

Na época 2015/2016 chegas ao SC Régua, em que mesmo tendo idade de infantil, jogaste nos iniciados que estavam no nacional. Como foi jogar contra jogadores dois anos mais velhos que tu? Essa época no Régua foi o trampolim?  

Mudar do futebol de 7 para o de 11 foi uma diferença muito grande, mas adaptei-me rapidamente. Embora eles fossem mais velhos e com mais experiência, foi com o meu empenho que consegui o meu lugar. A partir daí comecei a ter mais visibilidade e até consegui ser convocado para o Torneio Lopes da Silva ainda com idade de infantil, o que serviu de trampolim na minha caminhada. 

Sais para a estrutura do SC Braga, onde no primeiro ano te afirmas no clube Satélite (Palmeiras FC). Foi nessa época que agarraste o sonho?

Claro que sim, uma vez que surgiu esta oportunidade num clube desta dimensão só tinha de trabalhar bastante para alcançar os meus objetivos.

A época seguinte no SC Braga, com outra exigência, também te correu bem.

Foi bastante positiva tanto a nível individual como coletivo, que começou a dar resultados do meu trabalho.

Fizeste 30 jogos e marcaste sete golos. Estamos perante um central goleador que aparece bem a finalizar?

Penso que sim e sempre que me aparece uma oportunidade tento finalizar da melhor forma.

Com 16 anos, assinas o teu contrato profissional com um dos melhores clubes portugueses. Sentes que concretizas o teu sonho? Que sensação tiveste no dia da assinatura, em que esteve o presidente António Salvador?

Era um sonho que tinha desde que comecei a dar os meus primeiros toques na bola. É motivo para responsabilidade acrescida, pois foi depositada uma grande confiança em mim. Foi uma sensação única e de grande orgulho por alcançar o meu primeiro objetivo. 

A época anterior correu muito bem, pois passas pelos sub-16 e segues para os sub-17, mas a pré-época é com os sub-19. Acabas por ser nomeado como um dos capitães da equipa. Sentes que o sonho continua a crescer?

Sim, foi uma época muito interessante. Fiz a pré-época com os sub-19, embora o campeonato tivesse sido todo no meu escalão. Ser um dos capitães do Sporting Clube de Braga é motivo de orgulho e sinto que confiam em mim para estar na liderança. E agora acho que estou cada vez mais perto de atingir o meu sonho de jogar na equipa principal.

Esta temporada estava a correr muito bem, mas foi interrompida devido à pandemia da Covid-19. Mesmo assim, foste chamado aos treinos na equipa B. No entanto, a cereja no topo do bolo foi a chamada do mister Rúben Amorim para a equipa A do SC Braga. Como é treinar numa das melhores equipas da Liga Portuguesa? O treino é muito diferente da formação?

É um patamar de outra dimensão com um elevado nível de exigência e onde temos de nos superar dia após dia. A nível de treino não difere muito, pois todos os escalões trabalham sobre a mesma metodologia de jogo, mas é, sem dúvida, muito mais exigente.

Ver um jogador da formação como o Francisco Trincão ser contratado pelo FC Barcelona, ou ver outros que já saltaram para a equipa A, faz sonhar os jogadores da formação?

Claro que nos faz sonhar, sendo o Braga um clube que aposta cada vez mais na formação, vejo que estamos mais próximos de chegar ao topo. 

As chamadas às seleções nacionais são um objetivo?

Fui chamado a vários estágios da seleção desde os sub-15 até ao sub-17 e o sonho de vir a representar o meu país está bem presente.

És canhoto e jogas como central do lado direito e com muita qualidade. Qual é o segredo?

Sinto-me à vontade a jogar tanto no lado esquerdo como pelo direito, já que o mais importante é estar concentrado do início ao fim e ajudar a equipa em todos os momentos.

Qual é o teu ídolo no futebol? E o treinador que mais te marcou?

O Sérgio Ramos devido à sua qualidade e também a sua garra, a disputar cada lance. 

Todos os treinadores fizeram-me evoluir, mas o treinador que com quem mais aprendi foi o mister Paulo Jorge, um ex-central, que me deu os melhores conselhos até agora. 

Onde estará o Nuno daqui a 10 anos? 

Gostaria de jogar no mais alto nível, como por exemplo ganhar uma Champions League e títulos pela seleção nacional. 

 

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