Sexta-feira, 29 de Março de 2024
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Associação espera “esclarecimentos” sobre processo “pouco claro”

Depois de escolhidas as 7 Maravilhas do Mundo e de Portugal, as Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo e as 7 Maravilhas Naturais de Portugal, a população vai ser agora convidada a escolher as 7 Maravilhas da Gastronomia. A Associação que já liderou duas candidaturas regionais está apreensiva em voltar a participar no concurso, e pede que sejam dadas garantias de transparência sobre o processo de votação, o que consideram que não aconteceu no último concurso.

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“Não haverá uma profunda motivação para participarmos neste novo concurso”, explicou, ao Nosso Jornal, António José Teixeira, presidente da Associação de Empresários Turísticos do Douro e Trás-os-Montes (AETUR), que levanta fortes dúvidas sobre os resultados da votação nacional do processo de eleição das 7 Maravilhas Naturais de Portugal.

O dirigente associativo explica que os responsáveis pela candidatura liderada pela associação “continuam a sentir que no último concurso houve momentos menos claros e menos transparentes, sobre os quais ainda hoje se aguardam alguns esclarecimentos”.

De recordar que, em Setembro do ano passado foram divulgadas as 7 maravilhas Naturais de Portugal, nomeadamente o Parque Nacional da Peneda-Gerês (zonas protegidas), Portinho da Arrábida (praias e falésias), Floresta Laurissilva da Madeira (florestas e matas), Paisagem Vulcânica da Ilha do Pico (grandes relevos), grutas de Mira de Aire (grutas e cavernas), Lagoa das Sete Cidades (zonas aquáticas não marinhas) e Parque Natural da Ria Formosa (zonas marinhas).

Candidata na categoria zonas aquáticas não marinhas, o Vale do Douro foi assim derrotado, pela Lagoa das Sete Cidades, localizada nos Açores, arquipélago que foi o anfitrião da cerimónia final de divulgação dos vencedores.

A AETUR levanta dúvidas sobre as votações que levaram à eleição das maravilhas, e lamenta que a organização do concurso esteja estruturada para que os promotores das candidaturas tenham “as mãos completamente atadas” num possível processo de reclamação sobre o concurso.

Lamentando que a Associação tenha sido “convidada a comportar-se”, António José Teixeira recorda que muitas vozes se levantaram para questionar o processo, algumas mesmo de forma pública.

Por tudo isso, a AETUR, no seio da sua direcção, está ainda a ponderar a apresentação de uma candidatura ao novo concurso, que vai eleger as 7 Maravilhas da Gastronomia. “Para conseguirmos algum eco, temos que fazer um esforço violento em termos financeiros mas também pessoais, de dedicação na promoção e de reunião dos agentes da região em torno de um produto”, explicou o mesmo responsável, considerando então imprescindível que hajam “garantias de que este novo concurso obedeça ao rigor que sempre acreditamos que pudesse estar inerente às outras candidaturas”.

No âmbito das duas campanhas de divulgação da candidatura do Vale do Douro a uma das 7 Maravilhas Naturais do Mundo e a uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal, a AETUR investiu cerca de 400 mil euros (com uma comparticipação de 70 por cento de fundos comunitários) em várias acções, como por exemplo na instalação de outdoors e na distribuição de mais de 150 marcadores de livros.

De recordar que, na votação das Sete Maravilhas da Natureza do Mundo, a vertente selvagem da região foi a candidatura ibérica que chegou mais longe no concurso, ficando entre as 77 paisagens melhor classificadas num conjunto de mais de 400 que entraram na corrida.

Relativamente à possibilidade de participação no novo concurso, António José Teixeira explica que se a decisão da direcção da AETUR for nesse sentido, há muitas maravilhas na região do Douro e Trás-os-Montes que merecem o título, como por os covilhetes de Vila Real, a bola de carne de Lamego, a carne mirandesa de Bragança, e tantas, tantas outras.

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