Quinta-feira, 5 de Dezembro de 2024
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Associação Protectora dos Animais em risco de ficar sem terreno

A APAVR, associação sem fins lucrativos, para ajudar e acolher cães e gatos abandonados, a partir de Agosto vai ficar sem espaço para receber os animais. Terá ainda de encontrar uma solução para os cães que estão sob a sua alçada. Esta agremiação, liderada por Joana Teixeira, com a ajuda da sua irmã e alguns voluntários, debate-se assim com um grave problema que só pode ter uma resolução se “as instituições da cidade ou algum benfeitor disponibilizar um terreno para receber os vários cães e gatos que diariamente ainda são “despejados” na via pública.

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“Vamos ter que deixar o terreno em Agosto e ficamos sem saber o que fazer aos animais. A proprietária quer o terreno para agricultura e, como acaba o contrato, temos que sair. Neste momento, temos lá 4 animais, o que nos deixa preocupados”, referiu Joana Teixeira, deixando um apelo: “gostávamos que nos doassem um terreno para nós cuidarmos dos animais. Já existe o Canil Intermunicipal, mas a nossa política é diferente, temos critérios de adopção distintos e não somos a favor do abate, a não ser que o animal esteja doente. Desde que abriu o canil intermunicipal não se vêm tantos animais nas ruas, mas há sempre alguns que são abandonados, vítimas de maus-tratos e, além disto, temos muitas pessoas que telefonam a dar conta de cadelas e gatas com ninhadas”.

A Associação faz este apelo à cidade por intermédio do Jornal “A Voz de Trás-os-Montes” para poder “trabalhar e responder a tantos casos de animais abandonados”. O terreno, eventualmente cedido, poderia assim ser rentabilizado como Hotel Canino e Gatil.

Segundo a responsável pela APAVR, o pedido já foi enviado à Câmara Municipal por altura das eleições (em Setembro) e posteriormente para a junta de freguesia de N. Sra. da Conceição, que comparticipa anualmente com 75 euros. “Já é bom mas representa muito pouco, porque no terreno onde agora estamos pagamos de renda 90 euros por mês. É exíguo e só tem capacidade para 6 animais, mas, mesmo assim, temos quatro animais em perfeitas condições, vacinados, esterilizados, desparasitados. Quem os adoptar sabe que estão bem tratados”, salientou Joana Teixeira.

Para o futuro, a APAVR tem outros desejos e acções previstas, como um programa de sensibilização junto das escolas da cidade e a angariação de famílias de acolhimento temporário para animais. A necessidade de mais recursos humanos também é outras das preocupações.

“Precisávamos de mais pessoas activas e com responsabilidade. Esta Associação já tem o seu espaço e torna-se insustentável uma só pessoa conseguir atender os telefonemas, ver os mails da associação, por as actualizações no blogue, tratar dos animais e ainda ter uma actividade profissional. É muito complicado”. Joana Teixeira fez questão de salientar a colaboração do Hospital Veterinário da UTAD. “Ajudam-nos muito, revelam solidariedade com a nossa causa e nunca deixaram de ver nenhum animal, mesmo sem possibilidades de pagar a consulta ou tratamento”.

A Associação de Protecção de Animais de Vila Real vem no seguimento do trabalho da Associação “o Bicho”, criada em 1998 mas entretanto extinta, surgindo a APAVR, oficialmente fundada em Janeiro de 2008.

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