Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024
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Autarquia aguarda “calma e serenamente” pelo resultado da investigação

Esta semana a Câmara Municipal de Vila Real viu o seu nome envolvido numa investigação que tem como base suspeitas de corrupção em licenciamentos de superfícies comerciais e que envolve outras três autarquias. O licenciamento de dois projectos, do futuro Pingo Doce no centro da cidade e de uma bomba de gasolina na Zona Industrial, está a ser analisado pela PJ.

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“Não temos nada a temer relativamente à inspecção da Polícia Judiciária (PJ). É uma inspecção de rotina, dentro da investigação que está a decorrer a nível nacional”, garantiu, no dia 15, Miguel Esteves, vereador da Câmara Municipal de Vila Real, sobre o inquérito por suspeitas de corrupção em processo de licenciamento de vários investimentos do Grupo Jerónimo Martins.

O mesmo responsável político confirmou que a autarquia recebeu a visita de uma equipa da PJ que tem agora na sua posse dois processos em especial, nomeadamente o licenciamento da construção do futuro Pingo Doce, agora em obras no edifício da antiga Garagem São Cristóvão, e da criação de uma bomba de combustível dentro do espaço do Recheio, na Zona Industrial.

Miguel Esteves referiu que os dois projectos ligados ao grupo Jerónimo Martins, que parece ser o elo de ligação na investigação de que estão a ser ainda alvo as autarquias de Carregal do Sal, Ourém e Setúbal. “Do nosso ponto de vista, os processos estão correctamente licenciados”, frisou o vereador, explicando que a ‘busca’ feita à Câmara Municipal vila-realense se prendeu com “um trabalho de Norte a Sul na área dos Pingo Doce e provavelmente dos Recheios também”.

Até à hora de fecho desta edição do Nosso Jornal, e tanto quanto conseguimos apurar, depois de mais de duas dezenas de buscas efectuadas, ainda não havia quaisquer arguidos no processo por suspeitas “de corrupção e participação económica em negócio”.

Segundo notícia veiculada por um órgão de comunicação social nacional, “o elo comum entre os envolvidos neste caso é pelo menos um indivíduo, ligado a uma empresa, com contactos no mundo autárquico e que se dedica à prospecção de terrenos para instalação de superfícies comerciais. O inquérito começou por Espinho, mas alargou-se a outras localidades, por força da ligação daquele elemento”.

Recentemente, a Jerónimo Martins anunciou que vai investir, até 2012, 1,3 mil milhões de euros nos mercados português e polaco, sendo que neste último o objectivo é atingir as duas mil lojas.

Em Portugal, a empresa prevê a abertura de 20 novas lojas Pingo Doce e mais cinco Recheio, prevendo contratar, só este ano, cerca de mil novos colaboradores.

Segundo fonte do Grupo, a Jerónimo Martins posiciona-se hoje como “líder na distribuição alimentar” através da detenção das marcas Pingo Doce (líder em supermercados), Feira Nova (terceiro operador de hipermercados) e Recheio (líder em cash & carry).

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