O Complexo Mineiro de Tresminas e Jales vai ser alvo de uma candidatura a Património Mundial da Humanidade já em 2015.
Há uma década, a Câmara de Vila Pouca de Aguiar iniciou um projeto de investigação, requalificação e preservação para potenciar o complexo mineiro romano, num investimento global de cinco milhões de euros, onde está ainda incluída a construção de um centro interpretativo em Jales.
Considerada como uma das maiores explorações mineiras do mundo romano, o presidente da autarquia aguiarense, Alberto Machado, destacou a “importância histórica” das minas a céu aberto, que originou as crateras de grandes dimensões que testemunham, até hoje, na paisagem o esforço humano ali empreendido. A exploração de ouro decorreu ao longo de 450 anos e depois não teve mais intervenções. “Este é um património arqueológico único que se tem preservado”, por isso “é necessário reconhecer o valor natural de Tresminas, que irá conduzir à sua classificação como Património Mundial da UNESCO”.
Neste momento, em Tresminas está em fase de conclusão a construção de um anfiteatro exterior e de um auditório subterrâneo, que inclui camarins e sala de exposição, onde estará em permanência um filme explicativo sobre o que era e o que é atualmente o complexo.
Patrocinada pela espanhola Iberdrola, já está a ser preparada uma outra intervenção, que resulta das contrapartidas pela construção das barragens do Alto Tâmega.
Recorde-se que, no concelho estão a decorrer trabalhos de prospeção nas minas de Jales, que fecharam na década de 90. O projeto em Jales inclui a construção de um centro interpretativo e limpeza de um quilómetro de galerias que ali foram escavados ao longo dos anos.