Sexta-feira, 21 de Março de 2025
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Autocarros até à meia-noite e meia, aos fins-de-semana e feriados

No próximo mês de Novembro, completa–se o terceiro ano de circulação do “azulinhos” vila-realenses, um serviço gerido pela Corgobus que já transportou mais de 2.600.000 passageiros. Até ao final do ano, deverá ser conhecido o resultado de uma negociação que poderá representar, ainda, melhores condições de transporte, para os cidadãos. “Estamos relativamente satisfeitos. Mas queremos […]

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No próximo mês de Novembro, completa–se o terceiro ano de circulação do “azulinhos” vila-realenses, um serviço gerido pela Corgobus que já transportou mais de 2.600.000 passageiros. Até ao final do ano, deverá ser conhecido o resultado de uma negociação que poderá representar, ainda, melhores condições de transporte, para os cidadãos.

“Estamos relativamente satisfeitos. Mas queremos mais”, sublinhou Manuel Martins, Presidente da Câmara Municipal de Vila Real que, no dia 28, durante a apresentação de um inquérito de satisfação aos utentes dos transportes urbanos, adiantou que está a ser estudado o alargamento do horário, bem como a criação de uma quinta linha.

Segundo Manuel Martins, até ao final deste ano, deverá ser conhecido o resultado da negociação com a Corgobus, empresa responsável pela gestão da rede de transportes. No entanto, o objectivo é conseguir estender os horários dos autocarros, até à meia-noite e meia, e proporcionar a sua circulação, aos Sábados, à tarde, Domingos e Feriados.

Apesar de reconhecer a importância dos transportes públicos na “revolução dos hábitos da população e no desenvolvimento sustentável” das cidades, através do travar da “invasão do centro das cidades, pelas viaturas ligeiras”, o edil considera que a factura a pagar pela autarquia é bastante “pesada”.

“Os transportes públicos custam, ao Município, 600 mil euros, por ano, um valor que é suportado, na totalidade, pela autarquia, ao contrário do que acontece, por exemplo, nas grandes cidades do litoral, onde os custos são comparticipados pelo Governo”, explicou Manuel Martins, referindo que “este é mais um indicativo de que, em Portugal, existem cidadãos de primeira e de segunda”.

João Lino, Administrador da Corgobus, avançou com outras duas novidades que serão implementadas, “até ao final do ano”, nomeadamente o melhoramento das paragens e a disponibilização dos bilhetes e passes em mais dois postos de venda.

Apesar da autarquia garantir que quer ir ainda mais longe, na questão dos transportes públicos, o inquérito de satisfação aos seus utentes é revelador do sucesso conseguido ao longo dos seus três anos. Segundo o documento, “num universo de 763 passageiros” registou-se um índice médio de qualidade de serviço de 8,21, o que indica que “os utentes estão bastante satisfeitos com o serviço prestado”.

No estudo, levado a cabo pela Universidade de Trás-os–Montes e Alto Douro, os utentes foram chamados a classificar, com pontuações entre 1 (nada satisfeito) e 10 (muito satisfeito), vários aspectos relacionados com os transportes, nomeadamente a pontualidade, horário, segurança, comodidade das paragens e simpatia dos motoristas, entre muitos outros. Assim, o aspecto que mereceu a pontuação mais alta foi a apresentação dos condutores (9,18), seguido pela limpeza dos veículos (8,77) e pela acessibilidade de entrada nos autocarros (8,75).

Por outro lado, os vila-realenses mostraram-se menos satisfeitos com a comodidade das paragens (6,02), com o preço (7,22) e com a pontualidade (7,84). No entanto, a autarquia salientou que “os vários atributos do serviço apresentaram valores médios acima do nível cinco (satisfeito)”.

Desde que entrou em funcionamento, em Dezembro de 2004, a rede de transportes públicos de Vila Real já conduziu mais de dois milhões e 600 mil passageiros, sendo de realçar que a linha 1 representa o maior número de utentes transportados, apresentando nos últimos quatro meses, “valores médios superiores a 40 mil passageiros, por mês”.

O inquérito serviu, ainda, para traçar o perfil do utente vila-realense, sendo que os dados mais relevantes indicam que “71 por cento são do sexo feminino” e que, no que diz respeito à faixa etária, evidencia-se a supremacia (cerca de 50 por cento) dos “utilizadores que têm menos de 25 anos de idade”.

 

Maria Meireles

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