Confrontada com esta situação, a ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, não adiantou pormenores, nem deu qualquer certeza. “Ainda não está tomada uma posição definitiva. É um assunto que está a ser equacionado no âmbito do Estudo de Impacto Ambiental. Foi identificada uma espécie protegida, na zona prevista para uma das barragens, que poderá determinar a não construção dessa barragem. Mas ainda não há nenhuma decisão sobre essa questão”.
Esta responsável governamental não arriscou datas quanto a uma decisão, no entanto adiantou que “quando todo o processo estiver finalizado e a Consulta Pública terminada, serão tomadas decisões”.
Ainda sobre o assunto das barragens, que marca a actualidade da região, Dulce Passáro não parece estar impressionada com a vaga e coro de protestos cada vez mais audíveis em relação à construção dos vários empreendimentos e do próprio Estudo de Impacto Ambiental. “Consideramos que estas barragens se constroem essencialmente por razões de natureza ambiental. Numa primeira linha, as barragens vão permitir-nos defender o ambiente no nosso país, porque vamos produzir energia renovável, e assim irão ser reduzidas as emissões de gases com efeito de estufa, este é o primeiro objectivo do Plano Nacional de Barragens. Nesta fase, não sei se há muitas ou poucas críticas porque está a decorrer o processo normal, em que deve haver emissão de todas as opiniões e respectiva fundamentação. Agora, o Estudo foi avaliado pela Autoridade Nacional para a Avaliação dos Impactos Ambientais. Numa primeira fase, sei que foram pedidos elementos complementares e só depois da junção desses elementos complementares, o estudo foi posto em consulta pública”.
De sublinhar que, ainda esta semana está agendado um encontro com autarcas do Alto Tâmega em que todos estes assuntos irão ser abordados.