Depois do Marão onde centenas de hectares foram devastadas no espaço de dois dias pelas chamas, estas voltaram com grande intensidade aos concelhos de Montalegre, Boticas, Ribeira de Pena, Chaves e Vila Pouca de Aguiar.
No mapa dos fogos, o sul do distrito também não escapou. Sabrosa, Alijo, Régua e Vila Real foram os concelhos mais fustigados. Em Alijó arderam alguns hectares de mato das zonas envolventes do monte da Senhora da Cunha.
Só no domingo mais de 200 bombeiros combatiam cerca de 30 fogos que lavraram durante o dia. Todos são unânimes em considerar que estes incêndios têm mão criminosa.
O responsável em funções pelo Comando Distrital de Operações e Socorro de Vila Real, CDOS, Almor Salvador, disse ao Nosso Jornal que “a situação esteve muito complicada”. “Os homens estão cansados de combater fogos que irrompem por todos os lados, onde a causa provável é o dolo”, acrescentou . “Os fogos nascem como cogumelos e muitos deles começam às 2, 3 e 4h00 da madrugada”, referiu um dos bombeiros envolvidos no combate às chamas.
O helicóptero pesado da Protecção Civil, instalado no Aeródromo de Vila Real, foi muito solicitado para o combate ao fogo. No terreno além dos bombeiros, o GIPS da GNR também participaram nas acções de combate aos incêndios.
No domingo e perante a ocorrência anormal incêndios, efectuou-se uma reunião de emergência no Governo Civil de Vila Real que juntou o Governador Civil, Comando Distrital de Operações e Socorro e Comissão Distrital de Protecção Civil para delinear estratégias para por em prática no terreno.
No distrito de Bragança, os fogos de Vinhais, Vimioso e Zoio foram os que mais trabalho deram no fim-de-semana.
Para os próximos dias e segundo o Instituto de Meteorologia, a tendência de tempo seco e ventoso nas zonas mais altas da região deve manter-se. Panorama nada animador para a ocorrência e propagação dos fogos.