“Faz parte da nossa missão trabalhar em prol da população flaviense e de outras, quando pedido o apoio nesse sentido”, afirma o comandante José Carlos Silva, que sublinha que existem “para servir a população”.
Segundo o responsável, “as ajudas são escassas, a câmara dá um grande apoio anual, fora isso os rendimentos não são muitos”. “O que gastamos no apoio à população não nos é ressarcido, sai sempre da parte dos bombeiros”, critica.
José Carlos Silva entende que devia haver mais apoio, “mesmo por parte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil” e um esforço também da própria população, através de impostos ou contribuições. “Devia haver uma verba como acontece para o INEM, em que é descontado do seguro uma parte para suportar o INEM, da mesma forma poderiam ajudar os bombeiros”.
“Quando vamos, não temos a certeza de quando voltamos. Há muito sacrifício, mas é de boa-vontade”
José Carlos Silva – Comandante
No caso da corporação, é necessário “fazer muita gestão para conseguir avançar”. Mas os veículos vão envelhecendo ao longo do tempo e “as ajudas para os renovar são escassas ou mesmo nulas em certas situações”.
O grupo que comanda presta um serviço que tem correspondido às situações, “às vezes até deixando coisas próprias que têm para fazer para conseguir dar resposta ao socorro da população”.
Há sempre uma componente de sacrífico no trabalho destes homens e mulheres, admite.
“Quando vamos, não temos a certeza de quando voltamos, cada caso é um caso, uns são mais demorados que os outros, como os incêndios florestais que podem demorar dias e a família fica em casa à espera. Há muito sacrifício, mas é dado de boa-vontade por cada um deles”, frisa.
Entre os vários desafios do corpo de bombeiros, o principal é arranjar gente para colmatar as saídas, mas também corresponder ao socorro, cada vez mais exigente. “Apesar de sermos voluntários, temos de ter uma formação profissional e preparada para todas as circunstâncias, a população tem noção disso e exige mais de nós”, refere.