De dia ou de noite, sempre que há um incidente para o qual os Bombeiros sejam chamados a intervir e sejam precisos reforços, eis que toca a sirene. Com um toque prolongado e repetido (ou não), duas ou três vezes, assim é dada a informação sobre de que incidente se trata ou se ainda são necessários mais reforços. Para os Bombeiros da Cruz Branca de Vila Real já não é assim…
Os Bombeiros Voluntários da Associação Humanitária da Cruz Branca de Vila Real têm desenvolvido o sistema de pedido de reforços, através de SMS, ou seja, em vez de accionar a sirene, o Comando envia mensagens de telemóvel, para os elementos do activo.
“O sistema tem sido muito eficaz”, sublinhou Álvaro Ribeiro, Comandante da Cruz Branca de Vila Real, a comentar a utilização dos telemóveis, para pedir reforços entre os Bombeiros da corporação vila-realense.
Segundo o mesmo responsável, o objectivo não é deixar de usar, completamente, as sirenes, mas recorrer a essa alternativa, apenas, em situações mais gravosas, em que seja necessário alertar a própria população.
“Recorrendo às mensagens de telemóvel, nas situações menos graves, evitamos a ansiedade e a preocupação das pessoas”, explicou o mesmo responsável.
Entre outros benefícios, Álvaro Ribeiro salientou o facto de as mensagens poderem ser direccionadas, especificamente, para alguns bombeiros.
“Por exemplo, no caso do bombeiro desaparecido no rio Douro, em Cinfães, no dia 6, fomos chamados a participar nas buscas e o alerta foi dado, via SMS, especificamente aos nove elementos do nosso grupo de mergulhadores”, explicou o Comandante da corporação, referindo, ainda, outro exemplo: “Se há a necessidade de um resgate mais complicado, será chamada a intervir a equipa de bombeiros de grande ângulo, por isso as mensagens são enviadas, especificamente, para os bombeiros com essa experiência”.
As mensagens são enviadas, igualmente, para todos os elementos do Comando e para o Presidente da Associação Humanitária.
“Hoje em dia, toda a gente tem telemóvel”, explicou o mesmo responsável que, apesar de reconhecer que a utilização do sistema se mostra mais dispendiosa, os resultados têm sido muito eficazes, não esquecendo algumas das fragilidades da utilização das sirenes. “Em certas alturas do dia e em certos pontos da cidade, o som da sirene não se ouve, como seria desejado”, revelou Álvaro Ribeiro, adiantando que a maior parte dos 120 homens que fazem parte da Cruz Branca vila-realense vivem fora do centro da cidade.
Maria Meireles