Um dos moradores queixou-se à VTM, revelando que já não sabe o que poderá fazer mais para conseguir passar uma noite descansada. “Já pedi aos vizinhos para arranjarem uma solução para os cães que têm a seu cargo. Já chamei as autoridades e até coloquei caixilharias novas de forma a reduzir o barulho dentro de casa”, confessa, adiantando que também informou a Junta de Freguesia, que encaminhou o caso para a câmara municipal.
“Por sugestão do presidente da Junta, escrevi uma carta à câmara municipal, à qual ainda não obtive resposta e provavelmente nem vou ter”, lamenta este morador, que prefere manter o anonimato.
Ao longo do tempo, a situação tem vindo a agravar-se, o que se reflete no dia-a-dia do seu agregado familiar. “O barulho que fazem não nos deixa dormir e ao outro dia andamos todos irritados”, refere, adiantando que isto já acontece “há muito tempo e está a provocar mau ambiente dentro de casa”. “Agora, é frequente andarmos zangados uns com os outros sem necessidade”, diz o queixoso, acrescentando que teve mesmo de realizar obras para isolar o barulho em casa. “Tive de reforçar a parte das janelas com a colocação de poliuretano expandido, além de ter janelas com vidros duplos em PVC à prova de som, mas, mesmo assim, não é suficiente ficar totalmente isolado, porque os latidos dos cães são muito graves e agudos, e os decibéis são elevados”.
O morador sublinha ainda as dificuldades em viver no bairro com tantos cães. “Temos noites muito difíceis, é rara a noite em que não haja cães a ladrar constantemente”, diz, revelando que se juntam ali cães de todo o lado. “Não sei de onde vêm e quando se juntam todos, isto parece um festival de heavy metal”.
A VTM contactou a PSP de Vila Real, que informou que terá de existir uma queixa na esquadra, que poderá desencadear uma ação judicial, uma vez que os “proprietários dos animais poderão estar a incorrer num crime de ofensa à integridade física”.
A mesma fonte da PSP acrescentou que basta um morador apresentar queixa, no entanto, sublinhou que se forem mais, darão maior força à reclamação.
A Polícia disse ainda que nestes casos, se for chamada ao local apenas verifica a salubridade e condições em que vivem os cães e se os donos têm a documentação dos mesmos.