“Não compreendemos como é que um equipamento cultural desta envergadura, apoiado por programas operacionais do Ministério da Cultura, não esteja interligado com o Programa Cultural do Museu do Douro. É bom recordar que, o Município de Murça é membro fundador do Museu do Douro e do Território. Para além de sócio fundador, faz parte da Região Demarcada do Douro e juntamente com o Ministério da Cultura e com o IGESPAR, construiu este importante Centro Arqueológico. É inaceitável que o Museu do Doutro, até este momento, não tenha aproveitado este potencial arqueológico”.
Sem pretender entrar em polémica, nem na crítica fácil, João Teixeira pede, de uma vez por todas, que o Museu do Douro conte com o Centro Interpretativo, não propriamente como um Pólo mas como uma mais valia.
O Centro Interpretativo foi construído com verbas comunitárias e resultou também de um esforço da Câmara Municipal de Murça na criação do equipamento. Tem dois técnicos, um superior e um outro especializado, permanentemente a trabalhar no Crasto e disponíveis para acolherem os visitantes. O Centro tem sido igualmente um importante elo na interligação com as escolas, como elemento de conhecimento de valor cultural indiscutível.
O Crasto de Palheiros, ou Fragada do Castro, é uma imponente crista quartzífera que foi sendo paulatinamente esculpida e construída pelas populações daquela região da Terra Quente transmontana, entre o início do 3º milénio a.C. – Calcolítico – e o Presente.
Entre 2900 e 2300 a.C., toda a crista, com 2,5 ha, foi transformada num grande monumento pétreo, pré-histórico.
No Século V a.C., durante a denominada Idade do Ferro, foi escolhido de novo por populações indígenas para a fundação dum povoado, que durou cerca de 500 anos, depois foi abandonado por volta do final do séc. I d.C., já durante a ocupação romana nesta região.