Sábado, 14 de Dezembro de 2024
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Cáritas de Vila Real com quase 30 anos de serviço em prol dos mais carenciados

Amanhã, a população, a nível internacional, é chamada a comemorar a solidariedade ou o gesto de ajudar o próximo sem se esperar nada em troca. O Nosso Jornal foi conhecer melhor a Cáritas Diocesana, uma das instituições que, sem fins lucrativos, vivem para ajudar os vila-realenses mais carenciados, trazendo “um raio de esperança” àqueles a […]

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Amanhã, a população, a nível internacional, é chamada a comemorar a solidariedade ou o gesto de ajudar o próximo sem se esperar nada em troca. O Nosso Jornal foi conhecer melhor a Cáritas Diocesana, uma das instituições que, sem fins lucrativos, vivem para ajudar os vila-realenses mais carenciados, trazendo “um raio de esperança” àqueles a quem a vida virou as costas.

“No fundo, a solidariedade é uma atitude quase natural do ser humano”, defendeu o padre Ernesto Lúcio, Vice-Presidente da Cáritas Diocesana de Vila Real, Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) que, há quase trinta anos, desenvolve um conjunto de valências, em prol da população do distrito de Vila Real.

Segundo o mesmo responsável, no geral, a população vila-realense é solidária, embora gestos como a doação de bens ou o voluntariado tenham mais expressão de forma sazonal, nomeadamente em alturas como o Natal ou o Dia Nacional da Cáritas.

Segundo o mesmo responsável, “todos podemos ser solidários, na medida em que formos sensíveis ao nosso irmão necessitado, não só ao pobre e ao fisicamente limitado, mas também àqueles que, muitas vezes, precisam apenas de amizade, de uma palavra amiga ou de um pouco de atenção”, uma atitude que, aliás, deve começar pelos que nos são mais próximos.

“Devemos começar pelas pessoas que nos são mais próximas e que precisam do nosso tempo e da nossa palavra amiga”, considerou o padre Lúcio, corroborando a ideia de que a solidariedade ou a caridade, como prefere designar, desencadeia uma reacção em cadeia, nas pessoas.

“Ver alguém ajudar outra pessoa é um gesto que vale mais do que mil palavras”, sublinhou.

Ernesto Lúcio é o Vice-Presidente da Delegação de Vila Real da Cáritas Portuguesa, instituição que tem como missão “a assistência em situações de emergência ou dependência, a promoção da autonomia e do desenvolvimento integral de cada ser humano e a transformação nos domínios sociais e ambientais de acordo com os valores da ética cristã”.

Em Vila Real, a Cáritas desenvolve várias valências, nomeadamente o apoio domiciliário a 49 idosos do distrito, o Projecto Homem (Programa Terapêutico-Educativo de Reabilitação e Reinserção Social de Adictos a Drogas e Álcool), a Empresa de Reinserção, a equipa de apoio e acompanhamento do Rendimento Social de Inserção (que actua junto de 125 famílias carenciadas do concelho de Vila Real) e o atendimento social, incluindo a recolha e distribuição de bens como roupas e alimentos.

Só no Projecto Homem, que está em funcionamento desde 1996, a Cáritas já foi responsável pelo apoio a centenas de toxicodependentes, sendo de realçar que, só no ano de 2006, passaram pelo programa 70 utentes, estando registada uma taxa de sucesso entre os 75 e os 80 por cento.

“O Projecto Homem é um espaço onde é exigido a todos os indivíduos uma mudança global do modo de vida: abstinência de substâncias psicoativas, eliminação de comportamentos anti-sociais, aquisição de um sistema de valores dignos de respeito e confiança, ajustamento ao meio exterior e reintegração no mundo escolar/laboral”.

Como forma de complementar este programa, a Cáritas de Vila Real criou a Empresa de Reinserção que, com cinco postos de trabalho, na área da hortofruticultura, ajuda a dar o primeiro passo para o regresso à vida activa, ou seja, dando emprego na produção de produtos agrícolas aos utentes que se encontram em fase de reinserção social, depois da recuperação da dependência de drogas ou álcool.

A Cáritas vive do apoio mensal da Segurança Social (organismo com o qual mantém protocolos de colaboração), da contribuição, muitas vezes mínima, dos utentes e dos peditórios realizados uma vez por ano.

“Os peditórios e as ajudas dadas, pontualmente, pelos vila-realenses, são dirigidas especificamente à Cáritas de Vila Real e não à organização a nível nacional”, frisou o pároco, deixando um apelo à população, para que contribua com a instituição, através, não só do apoio monetário (enviando o donativo para: NIB 0035.0244.00002263003.76), mas também contribuindo com a doação de bens e, mesmo, com “a disponibilidade para ajudar”.

O Nosso Jornal deixa, então, a mensagem: amanhã, Dia Internacional da Solidariedade, contribua para uma causa humanitária, escolha uma instituição e apoie os que mais precisam, ou envolva-se, mesmo, num projecto social, aderindo, como voluntário, a uma das inúmeras IPSS e organizações existentes em Vila Real.

 

Maria Meireles

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