Três jovens que se divertiam no Carnaval de Vila Real tiveram que receber assistência hospitalar depois de, na madrugada do dia 23, terem sido “barbaramente” agredidos por um grupo de mascarados, alegadamente de Constantim.
Um dos jovens terá sido inclusivamente transportado para o Hospital de São João, no Porto, onde foi alvo de uma intervenção cirúrgica a uma vista, estando já fora de perigo.
Alcides Almeida, pai de um dos jovens atacados, revelou ao Nosso Jornal, a revolta e indignação perante o acto “premeditado” do grupo de mascarados que agrediu inadvertidamente o seu filho “com bastões e cassetetes”.
“Às duas da manhã, fui chamado ao hospital onde o meu filho foi assistido e onde ficou em observação até às quatro da tarde de terça-feira”, recordou o mesmo responsável, questionando a eficácia da actuação da Polícia de Segurança Pública (PSP) numa noite já reconhecida como de excessos.
“Não quero acusar ninguém, quero encontrar os responsáveis”, garante Alcides Almeida considerando que se a PSP não cumprir a sua missão “preventiva e persuasiva”, limitando-se a actuar depois do “acto consumado”, corre-se o risco, de que nos próximos anos, “as pessoas se sentirem obrigadas a levar armas de defesa pessoal para um convívio que deveria ser de salutar. Nessa altura, as consequências poderão ser bem piores”, adverte o pai do jovem espancado, deixando a certeza que assim que os três jovens estiverem completamente recuperados vai apresentar queixa à polícia.
No dia 24, chegou também à redacção do Nosso Jornal um e-mail de um leitor que, apesar de devidamente identificado, não quis ‘dar a cara’, denuncia também o “rasto de destruição” deixado pelo grupo de jovens que “desceram da aldeia para aterrorizar o Carnaval vila-realense”, munidos de “pás das obras, ferros e paus de enxadas”.
De cara tapada e envergando “sinos e chocalhos”, o grupo de mascarados “passa a correr sem respeitar” ninguém, revela o nosso leitor, referindo que a história se repetiu este ano.
“Quando decidiram ir embora, foram a correr para os seus carros que estavam estacionados no parque de estacionamento da Nossa Senhora da Conceição de onde arrancaram a alta velocidade gritando huhuhu Constatim, huhuhu Constantim”, descreveu a mesma fonte lamentando que, se nada for feito, “no próximo ano a tradição vai manter-se e vai tornar a haver agressões”.
Contactado pelo Nosso Jornal, o gabinete de relações públicas da PSP confirmou a “confusão registada no Pioledo”, na sequência da qual, três jovens foram assistidos no hospital na noite de segunda-feira, não tendo sido apresentada até à data, qualquer queixa por parte dos lesados.