Segundo o BE, depois de uma reunião realizada com a CCDR-N, esta explicou que o projecto, que pressupõe a alteração do Plano de Pormenor, não é o mais indicado como solução para a infra-estrutura, já que, “vai aumentar o volume de tráfego na zona, já de si bastante congestionada e ainda, incrementar a assimetria com o Bairro do Ferreiros e com o Parque Florestal”.
De recordar que tanto quanto se sabe do projecto previsto para o esqueleto do Hotel do Parque, prevê-se a construção de um Hospital Privado, um bloco de residências medicalizadas e um parque de estacionamento para 140 lugares, num parceria entre o Grupo Existence e o Hospital da Trofa, já tendo sido mesmo lançado um fundo de investimento que vai suportar o empreendimento.
“A CCDR-N desconhecia que não se trata exactamente de um hospital privado mas uma clínica de luxo de cuidados continuados para população idosa abastada que tenha possibilidades para pagar apartamentos de luxo no mamarracho”, revelou o BE, referindo ainda que teve conhecimento que “também está prevista uma urgência pediátrica” o que deixou também a Comissão “admirada”.
O Bloco de Esquerda considera que “esta subordinação do ordenamento e harmonia urbana aos interesses privados não pode ser vista como solução se irá resultar no surgimento de novos problemas como é o estrangulamento da avenida 1.º de Maio, no aumento de pressão sobre o Parque Florestal e sobre o Bairro dos Ferreiros”.
O partido lamenta ainda que a Câmara Municipal não tenha informado os munícipes dos verdadeiros objectivos do projecto, classificando com o de “publicidade enganosa” o toldo que “se encontra ainda pendurado no mamarracho”.
Exigindo um verdadeiro empenho por parte da autarquia para a resolução do Hotel do Parque, o BE lembra algumas propostas colocadas sobre a mesa no âmbito do Programa Polis, defendendo “a diminuição da volumetria do edifício, o seu aproveitamento para uma iniciativa de utilidade pública, tipo “Loja do Cidadão”, e a requalificação do Bairro dos Ferreiros e da sua envolvente, do maior interesse patrimonial, histórico e turístico para Vila Real e para a região.
O Nosso Jornal tentou ter a reacção da Câmara Municipal de Vila Real sobre as questões levantadas pelo BE, no entanto, até a hora de fecho desta edição não foi possível falar com o autarca Manuel Martins.
Fonte próxima do Grupo Existence garante que não há novidades sobre o projecto e remeteu mais declarações para o final de Abril.
