A estação castreja de Palheiros verá o seu Centro de Interpretação aberto ao público, na próxima Primavera. Obra promovida pela Câmara Municipal de Murça e pelo IPPAR, está orçada em 372 mil euros.
O empreendimento terá como objectivo disponibilizar informação sobre o sítio arqueológico, aos visitantes. Este equipamento vem potencializar o que é uma das maiores referências arqueológicas de Trás-os–Montes.
O edifício está assente na Fragada do Castro, ou seja, em plena rocha e dele se pode observar paisagens magníficas. Possui uma volumetria adequada ao espaço e os materiais predominantes são o vidro e o ferro.
Na Quinta-feira, esteve, no local, a Directora do IPPAR/Norte, Paula Silva, acompanhada por alguns técnicos. Esta responsável gostou do que viu.
“Como o Crasto não tem uma informação imediata, temos de arranjar meios, para facilitar que o público e os jovens estudantes identifiquem o lugar que estão a visitar”. A obra está a ser comparticipada pelo Programa Operacional do Norte, relativo à Cultura que comparticipa com verbas do FEDER, em cinquenta por cento. O total deste empreendimento é de seiscentos mil euros.
O Presidente da Câmara Municipal de Murça, João Teixeira, salientou que “esta obra vai valorizar o Crasto de Palheiros que já está incluído no roteiro dos cinco mais importantes, do país. Esta estação castreja já sofreu obras de intervenção, durante quatro anos, sendo feita, assim, a sua recuperação. Impunha-se criar, por tal, um Centro Interpretativo” – sublinhou.
A arquitectura do edifício aproveitou a pedra e a rocha e terá, ainda, painéis de informação, sendo editados documentos alusivos ao sítio. No mesmo espaço, terá um local para a exposição de algum espólio arqueológico, encontrado nas escavações, dos povos que lá habitaram. Terá, ainda, parques de estacionamento, percursos pedonais envolventes e, numa fase posterior, serão melhorados os seus acessos, uma intervenção da responsabilidade do Município.
A obra estará pronta, em Setembro, devendo abrir, ao público, na próxima Primavera.
Jmcardoso