Depois do concelho de Alijó, também vai ser implementado, em Vila Real, um centro de recepção de veículos em fim de vida. Mas as novidades na área gestão de resíduos não se ficam por aqui, estando previsto que, na capital de distrito, seja criado, também, um centro de recepção de equipamentos eléctricos e electrónicos. Soluções ambientais, para os resíduos transmontanos, que foram sublinhadas, durante a “Feira da Reciclagem”.
“Muito em breve, vamos ter mais um Centro de Recepção de Veículos em fim de vida, na Zona Industrial de Vila Real”, confirmou Margarida Correia Marques, Coordenadora da campanha de sensibilização “Douro Limpo” que, no dia 4, organizou, no centro histórico da capital de distrito, a “Feira da Reciclagem”.
Depois da Palmiresíduos, empresa sediada em Alijó que já recebeu cinco viaturas, nos seus dois meses de funcionamento, também uma empresa de Vila Real que ainda não é conhecida vai estabelecer um protocolo com a Valorcar que permitirá a instalação de um centro de recepção de veículos em fim de vida.
“No início da campanha, não havia, na região, soluções para as viaturas. Hoje, já temos um centro de desmantelamento, em Mirandela, um centro de recepção, em Alijó e vamos ter outro, em Vila Real, o que é muito positivo”, revelou Margarida Correia Marques.
Outro dos sectores que também terá desenvolvimentos, em breve, na região duriense, é a gestão resíduos no que concerte aos equipamentos eléctricos e electrónicos, já que, para além da instalação, até Junho, de um centro de recepção, em Bigorne, e três pontos de recolha, em Cinfães, São João da Pesqueira e Moimenta da Beira, da responsabilidade da Residouro, também o município vila- -realense deverá contar com um centro de recepção de electrotécnicos velhos, desta feita através de um protocolo que será assumido pela Associação Gestora de Resíduos Eléctricos e Electrónicos (ERP-Portugal).
“Apesar de já haver soluções para este tipo de resíduos”, esses pontos de recepção representam mais um passo para a sua gestão responsável, referiu a Coordenadora da campanha “Douro Limpo” que explicou que foi, exactamente, para chamar a atenção da população vila-realense, para essa gestão, que foi realizada a “Feira da Reciclagem”, um certame onde não houve compra ou venda de produtos, mas, sim, a sensibilização do que fazer com os materiais sem utilidade, como pilhas, medicamentos, electrotécnicos, combustíveis e muitos outros.
A campanha de sensibilização “Douro Limpo” que está a ser concretizada pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro foi criada no âmbito do projecto “Erradicação das Dissonâncias Ambientais do Douro”, promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e pelo Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos. Um projecto que prevê, também, a limpeza das lixeiras clandestinas, na região duriense, uma fase que teve início, em Fevereiro, incidindo sobre alguns dos pontos negros dos concelhos de Mesão Frio e Lamego, estando marcada, para breve, a intervenção em Armamar, Alijó, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Vila Real, Peso da Régua, Carrazeda de Ansiães, São João da Pesqueira e Tabuaço.
No Alto Douro Vinhateiro, faltam soluções para a deposição de resíduos de construções que representam uma das “maiores dissonâncias ambientais” do território classificado como Património Mundial, já que estes resíduos, entre muitos outros, de variadíssimas proveniências, acabam por ir parar a “lixeiras clandestinas” que mancham as bermas das estradas, causando o “detrimento da qualidade ambiental e da paisagem, com consequências na degradação geral do ambiente do território”.
Maria Meireles