Veio o bom tempo e com ele surgiram inúmeros incêndios florestais. A serra do Alvão e as zonas montanhosas dos concelhos de Montalegre, Boticas, Chaves e Vila Pouca de Aguiar, foram as mais fustigadas. O concelho de Vila Real registou perto de uma dezena de fogos, sendo os subúrbios de Lamas de Olo, os locais por onde andaram mais vezes as chamas. Porém, foi no concelho de Boticas onde os bombeiros andaram mais atarefados. Segundo uma fonte do Grupo de Intervenção e Protecção e Socorro, GIPS da GNR, de Vidago, só na tarde de terça-feira de Carnaval, foram obrigados a intervir em seis incêndios no norte do distrito. Aliás, esta força registou um episódio que mostra a existência de mão criminosa por detrás destes sinistros. Perto de Boticas, os ocupantes de uma viatura são suspeitos de terem ateado fogo a uma mata junto a uma estrada municipal, colocando- -se de imediato em fuga. Contudo, os “maus da fita” desta vaga incendiária continuam a ser os pastores. Estes são apontados a dedo pelas populações e autoridades como os principais responsáveis pelos fogos que começam em lugares remotos nas serras. A renovação de pastagens é a razão mais apontada. No rol dos incendiários, estão também alguns agricultores, que recorrem ao fogo (onde está a eficácia do tão apregoado fogo controlado?) para limparem ervas daninhas dos seus campos.
Ribeira de Pena, Valpaços e Mondim de Basto, também viram alguns hectares serem consumidos pelas chamas. Na zona sul do distrito, Murça, Santa Marta de Penaguião, Sabrosa, Alijó e Régua também tiveram alguns registos de incêndios florestais. Mesão Frio foi o único concelho onde não se verificou qualquer incêndio, neste período.