Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2024
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Chaves e Valpaços apostam em aeródromo intermunicipal

Um novo aeródromo, com uma pista de 1200 m2 de superfície, vai ser construído na zona Norte do distrito de Vila Real e os trabalhos poderão começar em 2011. A iniciativa resulta de uma parceria entre as câmaras municipais de Valpaços e Chaves, e a implementação aponta para uma zona perto da aldeia de Barracão (Valpaços). Ainda numa fase embrionária, o processo pode conhecer novos desenvolvimentos durante este ano.

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Com a entrada em funcionamento deste novo aeródromo, as instalações similares de Chaves serão desactivadas. O presidente da Câmara Municipal de Valpaços, Francisco Tavares, confirmou, ao Nosso Jornal, a iniciativa conjunta. “Tudo indica que vamos avançar com a construção de um aeródromo que servirá Chaves e Valpaços. Esta infra-estrutura está prevista para as imediações da aldeia de Barracão (Valpaços), situada no limite dos dois concelhos. Há alguns anos que temos um protocolo assinado. A ideia e o pré-estudo já têm contornos, agora aguardamos que haja algum financiamento para a obra, outras comparticipações e a colaboração do Exército, através da sua Brigada de Engenharia para fazer a terraplanagem inicial. Esta iniciativa representa uma ambição e, ao mesmo tempo, um sonho quer de Valpaços, quer de Chaves”.

O autarca fundamentou a vontade desta parceria na construção do aeródromo fazendo alusão às vantagens da nova infra-estrutura. “Sem colocar em causa a utilidade que o aeródromo de Chaves teve ao longo dos anos, julgo que é um equipamento um pouco condicionado. O facto de estar muito encaixado no vale não o favorece e não tem condições para se desenvolver, mormente no que se refere a uma outra dimensão da pista. Também os voos que são realizados têm uma capacidade reduzida”. A pista do Barracão fica num planalto, numa zona plana, com uma maior abrangência, o que permite que haja as condições propícias para uma outra dinâmica na utilização”.

O novo aeródromo tem ainda vantagens para os dois municípios, como a defesa dos recursos naturais, como é a floresta. “Será um importante meio logístico no combate a fogos florestais, como também numa óptica de lazer e turismo, ou seja, na prática da aeronáutica. Sentimos isto devido ao interesse manifestado por empresas ligadas a este sector. Para nós, tudo isto representa um estímulo para avançar com este projecto. Em termos turísticos, também pode ser importante. Hoje em dia, as cidades são maiores e há poucos espaços urbanos com meios aéreos no país. Aparecendo este género de infra-estrutura, é sempre uma mais-valia para as pessoas, que ficam com mais possibilidades de se deslocarem para qualquer localidade”.

Francisco Tavares lembrou ainda que o novo aeródromo é também uma oportunidade para os vários aeroclubes, que poderão desenvolver as suas actividades e ter um espaço capaz.

O presidente da Câmara de Chaves, João Baptista, alinhou pelo mesmo diapasão de Francisco Tavares quanto à importância do equipamento, considerando que é “preponderante para a região”. Adiantou mesmo que já está previsto nos instrumentos de gestão territorial, nomeadamente nos Planos Directores Municipais de Chaves e Valpaços. “A infra-estrutura terá fins múltiplos, desde o combate a incêndios, à própria navegação área mais lúdica. Pode ser igualmente um elemento importante no desenvolvimento do turismo no Alto Tâmega. Hoje, as exigências de qualidade e mobilidade são maiores em termos de acessibilidades. Esta obra será benéfica não só para os dois municípios envolvidos como também para os concelhos próximos. Apesar de estar numa fase embrionária, julgo que será uma realidade, pois este aeródromo é fundamental para a região. Não convém esquecer que o Alto Tâmega afirma-se como destino turístico de excelência, nomeadamente Chaves e os municípios vizinhos. São estes investimentos que atraem mais pessoas e contribuem para a própria sustentabilidade”, sublinhou.

João Baptista deixou no ar que a pista do aeródromo de Chaves tem os dias contados como local de utilização aeronáutica. “Naturalmente, com o novo aeródromo concluído, não fará sentido manter o de Chaves como até agora. Não é consentâneo existir uma excelente infra-estrutura, como aquela que se pretende construir, e continuar com as instalações de Chaves. Do ponto de vista da gestão seria um erro. Mas, há muitas ocupações que o aeródromo de Chaves pode acolher, nomeadamente no âmbito do desporto, ensino e lazer”.

Em Trás-os-Montes e Alto Douro, os Aeródromos de Alijó, Chaves, Bragança, Mirandela, Mogadouro, Vila Real, estão certificados pelo INAC. Esta classificação obedece ao cumprimento satisfatório dos normativos aplicáveis. Neste caso, estão autorizados todos os tipos de voo compatíveis com o aeródromo ou o heliporto. Já na categoria de aeródromo ou heliporto aprovado, apesar de estarem sujeitos a restrições operacionais, possuem requisitos de segurança mínimos para a sua utilização para os fins específicos. Estas autorizações são concedidas apenas nos casos em que a utilização desses aeródromos/heliportos sejam relevantes para actividades de interesse público como, por exemplo, emergências médicas, combate a incêndios florestais e protecção civil. Como heliporto certificado existe apenas o de Macedo de Cavaleiros. Nos heliportos aprovados, há quatro e todos em unidades hospitalares, nomeadamente em Bragança, Lamego, Mirandela e Vila Real (Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro). De salientar que, as condições de construção, certificação e exploração dos aeródromos civis (incluindo heliportos) estão fixadas pelo Decreto-Lei n.º 186/2007, de 10 de Maio, alterado e republicado a 31 de Maio deste ano. Excluem-se do âmbito deste decreto as pistas para aeronaves ultraleves, pistas para fins agrícolas, heliportos utilizados exclusivamente em emergência médica e as pistas e heliportos utilizados exclusivamente por meios aéreos de combate a incêndios ou outros fins de protecção civil. O documento fixa as condições de construção, certificação e exploração dos aeródromos civis e estabelece os requisitos operacionais, administrativos, de segurança e de facilitação, a aplicar nessas infra-estruturas.

Almeida Cardoso Um novo aeródromo, com uma pista de 1200 m2 de superfície, vai ser construído na zona Norte do distrito de Vila Real e os trabalhos poderão começar em 2011. A iniciativa resulta de uma parceria entre as câmaras municipais de Valpaços e Chaves, e a implementação aponta para uma zona perto da aldeia de Barracão (Valpaços). Ainda numa fase embrionária, o processo pode conhecer novos desenvolvimentos durante este ano.

Com a entrada em funcionamento deste novo aeródromo, as instalações similares de Chaves serão desactivadas. O presidente da Câmara Municipal de Valpaços, Francisco Tavares, confirmou, ao Nosso Jornal, a iniciativa conjunta. “Tudo indica que vamos avançar com a construção de um aeródromo que servirá Chaves e Valpaços. Esta infra-estrutura está prevista para as imediações da aldeia de Barracão (Valpaços), situada no limite dos dois concelhos. Há alguns anos que temos um protocolo assinado. A ideia e o pré-estudo já têm contornos, agora aguardamos que haja algum financiamento para a obra, outras comparticipações e a colaboração do Exército, através da sua Brigada de Engenharia para fazer a terraplanagem inicial. Esta iniciativa representa uma ambição e, ao mesmo tempo, um sonho quer de Valpaços, quer de Chaves”.

O autarca fundamentou a vontade desta parceria na construção do aeródromo fazendo alusão às vantagens da nova infra-estrutura. “Sem colocar em causa a utilidade que o aeródromo de Chaves teve ao longo dos anos, julgo que é um equipamento um pouco condicionado. O facto de estar muito encaixado no vale não o favorece e não tem condições para se desenvolver, mormente no que se refere a uma outra dimensão da pista. Também os voos que são realizados têm uma capacidade reduzida”. A pista do Barracão fica num planalto, numa zona plana, com uma maior abrangência, o que permite que haja as condições propícias para uma outra dinâmica na utilização”.

O novo aeródromo tem ainda vantagens para os dois municípios, como a defesa dos recursos naturais, como é a floresta. “Será um importante meio logístico no combate a fogos florestais, como também numa óptica de lazer e turismo, ou seja, na prática da aeronáutica. Sentimos isto devido ao interesse manifestado por empresas ligadas a este sector. Para nós, tudo isto representa um estímulo para avançar com este projecto. Em termos turísticos, também pode ser importante. Hoje em dia, as cidades são maiores e há poucos espaços urbanos com meios aéreos no país. Aparecendo este género de infra-estrutura, é sempre uma mais-valia para as pessoas, que ficam com mais possibilidades de se deslocarem para qualquer localidade”.

Francisco Tavares lembrou ainda que o novo aeródromo é também uma oportunidade para os vários aeroclubes, que poderão desenvolver as suas actividades e ter um espaço capaz.

O presidente da Câmara de Chaves, João Baptista, alinhou pelo mesmo diapasão de Francisco Tavares quanto à importância do equipamento, considerando que é “preponderante para a região”. Adiantou mesmo que já está previsto nos instrumentos de gestão territorial, nomeadamente nos Planos Directores Municipais de Chaves e Valpaços. “A infra-estrutura terá fins múltiplos, desde o combate a incêndios, à própria navegação área mais lúdica. Pode ser igualmente um elemento importante no desenvolvimento do turismo no Alto Tâmega. Hoje, as exigências de qualidade e mobilidade são maiores em termos de acessibilidades. Esta obra será benéfica não só para os dois municípios envolvidos como também para os concelhos próximos. Apesar de estar numa fase embrionária, julgo que será uma realidade, pois este aeródromo é fundamental para a região. Não convém esquecer que o Alto Tâmega afirma-se como destino turístico de excelência, nomeadamente Chaves e os municípios vizinhos. São estes investimentos que atraem mais pessoas e contribuem para a própria sustentabilidade”, sublinhou.

João Baptista deixou no ar que a pista do aeródromo de Chaves tem os dias contados como local de utilização aeronáutica. “Naturalmente, com o novo aeródromo concluído, não fará sentido manter o de Chaves como até agora. Não é consentâneo existir uma excelente infra-estrutura, como aquela que se pretende construir, e continuar com as instalações de Chaves. Do ponto de vista da gestão seria um erro. Mas, há muitas ocupações que o aeródromo de Chaves pode acolher, nomeadamente no âmbito do desporto, ensino e lazer”.

Em Trás-os-Montes e Alto Douro, os Aeródromos de Alijó, Chaves, Bragança, Mirandela, Mogadouro, Vila Real, estão certificados pelo INAC. Esta classificação obedece ao cumprimento satisfatório dos normativos aplicáveis. Neste caso, estão autorizados todos os tipos de voo compatíveis com o aeródromo ou o heliporto. Já na categoria de aeródromo ou heliporto aprovado, apesar de estarem sujeitos a restrições operacionais, possuem requisitos de segurança mínimos para a sua utilização para os fins específicos. Estas autorizações são concedidas apenas nos casos em que a utilização desses aeródromos/heliportos sejam relevantes para actividades de interesse público como, por exemplo, emergências médicas, combate a incêndios florestais e protecção civil. Como heliporto certificado existe apenas o de Macedo de Cavaleiros. Nos heliportos aprovados, há quatro e todos em unidades hospitalares, nomeadamente em Bragança, Lamego, Mirandela e Vila Real (Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro). De salientar que, as condições de construção, certificação e exploração dos aeródromos civis (incluindo heliportos) estão fixadas pelo Decreto-Lei n.º 186/2007, de 10 de Maio, alterado e republicado a 31 de Maio deste ano. Excluem-se do âmbito deste decreto as pistas para aeronaves ultraleves, pistas para fins agrícolas, heliportos utilizados exclusivamente em emergência médica e as pistas e heliportos utilizados exclusivamente por meios aéreos de combate a incêndios ou outros fins de protecção civil. O documento fixa as condições de construção, certificação e exploração dos aeródromos civis e estabelece os requisitos operacionais, administrativos, de segurança e de facilitação, a aplicar nessas infra-estruturas.

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