No âmbito do próximo quadro comunitário de apoio europeu 2014/2020, a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Douro desenvolveu um Plano Estratégico de Desenvolvimento Territorial da região onde estarão representados alguns dos 400 projetos identificados nos vários municípios.
O Plano Estratégico, que foi discutido na reunião da Assembleia Intermunicipal realizada no dia 12, em Vila Real, pretende “preparar a região para os desafios” dos próximos fundos comunitários.
Segundo Francisco Lopes, presidente da CIM Douro, trata-se de “um documento que pretende articular a ação da comunidade intermunicipal, dos municípios e das diversas instituições regionais, com vista a atingir determinados objetivos que deverão estar em consonância com a estratégia definida para o Norte do País e também a nível nacional”, focando “projetos que sejam imperativos e que possam ser financiados”.
Se no último quadro comunitário foi feita uma grande aposta na construção dos Centros Escolares, o que representou um forte investimento em infraestruturas direcionadas para a “qualificação, ensino, formação e preparação das gerações para os desafios do futuro”, nos próximos quatro anos, e no que diz respeito aos fundos europeus, a CIM Douro vai concentrar-se em outras áreas, muito devido ao imperativo imposto pela própria Europa. “Há iniciativas que são fundamentais como todas as que se referem à dinamização da nossa economia, nomeadamente a promoção de empreendorismo e do produto turístico, que é fundamental para a região”, explicou.
Sem querer exemplificar em concreto, Francisco Lopes referiu apenas que “há projetos de todo o tipo”, quer na já referida promoção turística e desenvolvimento da atividade empresarial, quer na “área de formação e qualificação” e mesmo de algumas infraestruturas das quais o Douro ainda carece.
O Plano Estratégico, que foi desenvolvido com as autarquias e com outros “atores” locais, públicos e privados, como associações empresarias, empresas dos mais variados setores ou a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, mereceu a luz verde dos 19 municípios da CIM, no entanto o presidente adianta a possibilidade do plano de ação que dele resultará não ser tão consensual. “Obviamente que a estratégia em si é consensual. Agora tem que haver um plano de ação que leve à prática essa estratégia, aí poderá começar a haver divergências no que se refere à priorização de alguns investimentos e de alguns projetos concretos”, explicou o mesmo responsável político, deixando a certeza de que será dada “preferência àqueles que sejam candidatáveis aos fundos e que tenham apoio comunitário, porque esses serão claramente os mais fáceis de executar”.