Três mortos e um ferido ligeiro foi o balanço de um violento acidente de viação que, ocorrido na manhã do dia 4, ao quilómetro 121 do Itinerário Principal n.º 4 (IP4), no concelho de Murça, envolveu, em colisão frontal, dois veículos ligeiros de passageiros, levando ao encerramento da via, durante cerca de três horas, entre os nós do Pópulo e de Sabrosa.
Fonte da Brigada de Trânsito da Guarda Nacional Republicana explicou que a colisão entre os dois veículos, onde seguiam as vítimas mortais, aconteceu quando os seus condutores faziam uma “ultrapassagem, em simultâneo, mas em sentidos opostos”.
António Pinheiro, de 76 anos, e Firmino Morais, de 82 anos, ambos naturais de Valpaços, seguiam no sentido Murça-Vila Real, enquanto Alcídio Baltazar, de 33 anos, fazia o sentido inverso, quando os dois veículos colidiram, frontalmente, num choque tão violento que viria a ceifar a vida dos ocupantes das duas viaturas.
Os Bombeiros de Murça tiveram que proceder a trabalhos de desencarceramento das vítimas que acabaram por morrer no local onde também estiveram a Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Centro Hospitalar de Trás-os–Montes e Alto Douro e um helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica.
O acidente acabou por provocar ferimentos em mais uma pessoa, uma jovem que seguia numa terceira viatura, com mais três pessoas e que, à semelhança de um veículo pesado, também envolvido, não conseguiu evitar o embate com os primeiros carros sinistrados.
Esta colisão frontal foi responsável pelas primeiras vítimas mortais do ano de 2007, no que diz respeito a sinistralidade rodoviária do IP4, onde, em 2006, perderam a vida sete pessoas.
O último acidente fatal registado na via que liga Amarante a Bragança aconteceu no início de Novembro de 2006, altura em que um jovem, de 30 anos, perdeu a vida, também na sequência da colisão entre duas viaturas, ao quilómetro 82, da qual resultaram, ainda, ferimentos em mais duas pessoas.
De recordar que esta via tem vindo a ser palco de uma série de intervenções que têm levado a uma redução drástica no número de acidente e vítimas mortais, entre as quais a instalação, iniciada no mês de Setembro, de onze câmaras de vídeo, dez painéis de mensagens variáveis, dez sensores de tráfego e seis estações de meteorologia, “um projecto que permitirá conhecer, em permanência, as condições de circulação, em alguns troços do IP4 e fornecer, aos automobilistas, informação sobre os condicionamentos pontuais, nomeadamente relacionados com condições climatéricas adversas ou acidentes”.
Desde a abertura em toda a sua extensão, o IP4 já foi palco de mais de 250 mortes em acidentes de viação, ficando para a história o ano de 2004 como o mais negro de sempre, com mais de três dezenas de vítimas mortais.
MM