Foi uma oportunidade única para apreciar, ao vivo, obras inesquecíveis de reputados compositores. O Quarteto, constituído por dois violinos, um violoncelo e uma viola de arco, apresentaram em Lamego temas de autores que, de alguma forma, sofreram de doenças do foro neuropsiquiátrico, como Mozart, Schubert, Gershwin e Ravel.
O concerto solidário “O Cérebro e a Música” foi comentado por António Freire Gonçalves, Presidente do Conselho Português para o Cérebro, que elogiou o papel das misericórdias portuguesas no apoio às populações e a abertura dos tribunais no apoio à cultura.
O neurologista alertou ainda que existem hoje, em Portugal, cerca de 220 mil pessoas com algum tipo de demência, sobretudo Alzheimer, facto que “tem uma repercussão grave nas famílias”. “A música é uma forma de comunicar emoções e pode ajudar em certas doenças, como as de mobilidade ou do foro psiquiátrico”, sublinhou.
Em representação da Misericórdia de Lamego, Fernando Ribeiro agradeceu os donativos doados a esta instituição de solidariedade social, no âmbito do espetáculo solidário.
Antes do início do evento que procurou sensibilizar o público para a problemática das doenças da memória, também intervieram Lúcia Pinto Cardoso, Presidente da Delegação de Lamego da Ordem dos Advogados (AO), e Rute Sobral, Juiz Presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Viseu.
O evento “O Cérebro e a Música” teve como entidades organizadoras o Conselho Português para o Cérebro, a Orquestra Clássica do Centro, a Delegação de Lamego da AO, o Tribunal da Relação de Coimbra, o Tribunal Judicial da Comarca de Viseu e o Município de Lamego.