Carlos do Carmo e Chico César são este ano os cabeças de cartaz dos “Concertos de Verão – 6.º Festival de Músicas do Mundo” que arranca no sábado, dia 13, e termina no final de Agosto, esperando receber, no auditório exterior do Teatro de Vila Real, mais de 10 mil pessoas.
Contando com um total de 12 espectáculos, esta edição dos Concertos de Verão é considerada pela organização como “uma das mais fortes de sempre”, sendo de realçar a representação de nove países.
“O esforço de programação passa muito por colocar alguns picos na programação. É natural que as estreias das digressões nacionais e espectáculos únicos estejam entre as nossas preocupações”, explicou Vítor Nogueira, director do Teatro, revelando que, no caso do espectáculo do brasileiro Chico César, agendado para o dia 11 de Julho, trata-se da estreia de uma digressão que, logo no dia a seguir, vai passar pela Casa da Música, no Porto, contando com uma particularidade, o facto de em Vila Real o concerto ser gratuito.
A segunda estreia nacional é também de um grupo proveniente do Brasil, nomeadamente os Barlavento, que subirão ao palco do auditório exterior vila-realense no primeiro sábado de Julho.
Da Roménia e República Checa são naturais os dois grupos que farão na capital de distrito transmontana a sua única apresentação em território luso, com os “Romengo”, grupo de música cigana, a actuar no dia oito de Agosto, e os “V3SKA” a animar os vila-realenses 15 dias depois.
Assim, a partir já do dia 13, e durante todos os sábados, de Junho, Julho e Agosto, sempre pelas 22h30, o Teatro de Vila Real vai ainda receber vários artistas e grupos, de Espanha, Cabo Verde, Brasil, Argentina e Itália.
O objectivo é ter uma “montra de culturas”, é “apresentar diferentes estilos musicais, diferentes tradições de outros países”, explicou Rui Araújo, responsável pelo departamento de programação do Teatro de Vila Real.
“O Festival já se consolidou e esta diversidade e qualidade vêm na sequência do que conseguimos nos últimos anos”, explicou Vítor Nogueira lembrando, no entanto, que quando o Teatro decidiu apostar na “World Music”, optando por um formato dedicado ao grande público, “correu alguns riscos” porque na altura “era uma coisa muito nova”. Hoje, o festival, que conta com um orçamento de cerca de 90 mil euros, mais sensivelmente 20 mil que a edição de 2008, espera receber um total de 10 mil pessoas.
O director do Teatro sublinhou ainda que a realização do ciclo de concertos representa o arranque de uma programação de Verão mais virada para o exterior do edifício do teatro, mais exactamente para o auditório exterior, mas também para as esplanadas do café-concerto e do galeria-bar que irão ser animadas com um conjunto variado de actividades, como animações de rua, por exemplo.
De sublinhar que caso as condições meteorológicas impeçam a realização ao ar livre dos concertos estes passarão automaticamente para o grande auditório, sendo que, apesar de não perder o seu carácter gratuito, será necessária a reserva de bilhetes.