Segunda-feira, 13 de Janeiro de 2025
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Crianças transmontanas vão aprender a “valorizar e a respeitar “ a água

Seis anos passados sobre a sua constituição, gerindo um orçamento de mais de 400 milhões de euros, a empresa Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro é tomada pelos seus responsáveis como “um caso de sucesso, na gestão pública”. No entanto, mais que investir nas infra-estruturas, a empresa enceta, agora, um projecto educativo pioneiro, a nível […]

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Seis anos passados sobre a sua constituição, gerindo um orçamento de mais de 400 milhões de euros, a empresa Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro é tomada pelos seus responsáveis como “um caso de sucesso, na gestão pública”. No entanto, mais que investir nas infra-estruturas, a empresa enceta, agora, um projecto educativo pioneiro, a nível nacional, cuja missão é a preservação dos recursos hídricos, através da recuperação do sentimento de pertença por esse “invisível elo que nos une”: a água.

A empresa Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro lançou, no dia 13, um projecto pioneiro de preservação dos recursos hídricos que vai envolver 62 turmas de 31 escolas do Segundo Ciclo do Ensino Básico da região, num total de 1860 alunos e 186 professores.

Designado “Água e Sustentabilidade”, o projecto que conta com o apoio da UNESCO, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte, da Agência Portuguesa do Ambiente, do Ministério da Educação e da União Europeia (através dos programas Feder, Interreg III- A), prevê a execução do programa educativo “Água – educar, cooperar e proteger”, assim como a criação do Museu Virtual da Água.

“Trás-os-Montes e Alto Douro, um território e uma cultura marcados pela água” é o conceito inerente ao desenvolvimento do projecto que tem como objectivo “criar, na região, um verdadeiro sentimento de pertença, em relação à água e ao património cultural, social e económico que ela moldou, ao longo dos séculos, e que continua a moldar, nos nosso dias”.

Alexandre Chaves, Presidente da ATMAD, lembrou que “a empresa afirma-se, no sector do ambiente, com um orçamento de cerca de 400 milhões de euros, para garantir 95 por cento do abastecimento de água em quantidade, qualidade, fiabilidade e segurança e tratar 85 por cento das águas residuais, respeitando as normas nacionais e comunitárias”.

“Este soberbo projecto de criação e manutenção de infra-estruturas exige um vasto leque de acções imateriais, capazes de divulgar o projecto, promover a educação ambiental, partilhar com a comunidade preocupações socioambientais e estimular o debate sobre o desenvolvimento sustentável, também ao nível da região”, revelou o mesmo responsável, enquadrando o projecto.

Relativamente ao Programa Educativo “Água – educar, cooperar e proteger”, serão dadas às escolas envolvidas “as ferramentas necessárias para apreender, desenvolver o espírito de pesquisa e investigação, para conhecer o passado, presente e futuro da região e suas populações, bem como a sua estreita relação com a água”

Para além da dotação de materiais pedagógicos, da realização de conferências, visitas de estudo, sessões temáticas, reuniões e concursos, destaca-se, no projecto, a iniciativa de distribuir, por cada escola, dois GPS que permitirão aos alunos fazer experiências, na área da georeferenciação.

Já em relação ao Museu da Água, o objectivo de criar o espaço virtual passa pela “compilação e exposição de todo o tipo de informação relevante, na região, relacionada, de algum modo, com a nossa água, arquitectura, toponímia, património natural, histórias, lendas e imagens antigas e recentes. A informação para este museu será recolhida e tratada pela comunidade escolar participante no Programa Educativo sobre Água e Sustentabilidade, mas também pode ser enriquecida por qualquer cidadão da região de Trás-os-Montes e Alto Douro”.

O projecto educativo da ATMAD prevê, ainda, a comemoração, em Junho, mês do Ambiente, altura em que assinalará o final da primeira fase do Programa Educativo, com a realização de uma exposição intitulada “Águas passadas ainda movem moinhos”, realizada com base no espólio de imagens sobre água, na região, que foram registadas no Museu Virtual.

No balanço desta primeira fase-piloto, será divulgada a turma que mais se destacou no projecto que, como prémio, irá a Saragoça, para visitar a exposição internacional sobre “Água e sustentabilidade”.

 

Maria Meireles

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