Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024
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Cruz Branca dá um primeiro passo na comemoração do Centenário da República

A Coorporação vila-realense trouxe a público um documento que ficou para a história pela coincidência dos factos, um diploma destinado ao Rei D. Manuel II, aquando de uma visita oficial, agendada para 5 de Outubro de 1910, que, devido à queda da monarquia, acabou por não ser entregue.

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“Este diploma confere à Sua Majestade El Rei Senhor D. Manuel II a qualidade de sócio presidente perpétuo desta Associação”, assim indicava o diploma conferido pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública e Cruz Branca de Vila Real que ficou por entregar ao Rei numa visita oficial a Vila Real marcada exactamente para cinco de Outubro de 1910, dia da implementação da República.

O documento que associação trouxe agora à luz do dia, através de uma reprodução, vem não só assinalar o Centenário da República, mas sobretudo mostrar “a representatividade da corporação na história de Vila Real”.

Segundo Álvaro Ribeiro, “por uma coincidência tremenda, no dia em que o Rei tinha previsto visitar oficialmente Vila Real dá-se a implementação da República, a viagem foi, naturalmente, cancelada”, e o diploma, assinado por Emílio José Ló Ferreira, Visconde de Trevões, então presidente da direcção da associação, acabou por não ser entregue.

O mesmo responsável explica que no âmbito da comemoração do aniversário da associação humanitária foi feita uma pesquisa aos documentos publicados, e desta vez “este foi o eleito”. No entanto, numa ‘casa’ onde é possível reviver a história do concelho, e mesmo do país, em cada parede, em cada viatura, em cada árvore genealógica das famílias de bombeiros, ainda há inúmeros documentos “por descobrir”, muitas provas do papel público que muitos dos seus elementos desempenharam na vida social e política da cidade.

Álvaro Ribeiro recordou, por exemplo, uma tradição de aniversário da corporação que acabou por se perder, a apresentação de “teatros de revistas” que retratava a sociedade da altura. “Era um aspecto interessante ligado à crítica social e que era muito apreciado pela população. Envolvia bombeiros, familiares e pessoas amigas, que gostavam de teatro de revista e da crítica. Tudo isso contribuiu para o desenvolvimento do próprio burgo”, defendeu o comandante sobre a faceta dos bombeiros da Cruz Branca que, apesar de representar na altura um marco importante da agenda da cidade, acabou por ‘morrer’.

De sublinhar que a abertura oficial das comemorações nacionais do Centenário da República está marcada para os dias 30 e 31 de Janeiro, no Porto, estando previstas várias actividades e iniciativas espalhadas um pouco por todo o país.

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