Terça-feira, 14 de Janeiro de 2025
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Cuidados primários “renascidos” com “Fénix” já em funcionamento

Querendo representar “um renascimento dos cuidados primários”, daí o nome “Fénix”, já está em funcionamento a primeira e, até à data, única Unidade de Saúde Familiar do distrito de Vila Real. Numa primeira fase, os nove médicos envolvidos ficarão responsáveis por 16 mil utentes, fazendo com que a taxa de cobertura, ao nível dos médicos […]

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Querendo representar “um renascimento dos cuidados primários”, daí o nome “Fénix”, já está em funcionamento a primeira e, até à data, única Unidade de Saúde Familiar do distrito de Vila Real. Numa primeira fase, os nove médicos envolvidos ficarão responsáveis por 16 mil utentes, fazendo com que a taxa de cobertura, ao nível dos médicos de família, chegue aos 100 por cento.

As primeiras previsões apontavam para que a primeira Unidade de Saúde Familiar (USF) de Vila Real entrasse em funcionamento no início deste ano. No entanto, apenas na última Segunda-feira, dia 10, começaram a ser recebidos os primeiros utentes da Unidade, baptizada como “Fénix”.

Segundo Manuela Rebelo, médica da equipa “Fénix”, já estão inscritos 14 mil utentes, a maior parte dos quais “transitaram, automaticamente” como pacientes que já estavam sob a responsabilidade dos nove médicos da USF.

“Neste primeiro dia de funcionamento, como aliás estávamos à espera, não houve muitas inscrições de novos utentes, até porque esse procedimento estava a ser feito no Centro de Saúde número 1”, explicou Manuela Rebelo.

A mesma responsável esclareceu que, “apesar de não fecharem a porta a ninguém”, a prioridade, em relação à inscrição de utentes, vai para os habitantes do concelho de Vila Real que ainda não têm médico de família e que, “segundo as estatísticas da Sub- -Região de Saúde, são cerca de dois mil, todos da área do Centro de Saúde número 1”.

Numa primeira fase, a USF pretende chegar aos 16 mil utentes inscritos, contando, para além da equipa médica, com oito enfermeiros e seis administrativos e um horário de funcionamento das 8 às 20 horas, “todos os dias úteis da semana”.

Consulta programada (destina-se a actividades de prevenção ou a seguir problemas de saúde sub-agudos ou crónicos), consulta aberta, consultas e cuidados de enfermagem, visitação domiciliária e pequenas cirurgias são os serviços prestados pela USF que funciona no rés-do-chão do Centro de Saúde de Mateus.

“Ainda não tivemos tempo para ter um feedback, por parte dos utentes, Se calhar, ainda é tudo muita novidade, ainda não se aperceberam das mudanças, até porque a grande mudança é ao nível da chamada consulta aberta que está a ser implementada, neste momento”, revelou Manuela Rebelo, sublinhando, ainda, que “as diferenças não são tão grandes como as pessoas pensam”, tratando-se “mais de uma questão organizativa do grupo que trabalha na USF”.

Segundo dados mais recentes da Missão para os Cuidados de Saúde Primários, entidade que tem como um dos seus objectivos “apoiar a reconfiguração dos Centros de Saúde em Unidades de Saúde Familiar, desempenhando um papel de provedoria das iniciativas dos profissionais”, até ao dia 14 de Setembro iniciaram actividades 71 USF, 27 das quais na Região Norte, 24 em Lisboa e Vale do Tejo, 17 no Centro, duas no Alentejo e uma no Algarve.

Até ao mesmo período, das 89 candidaturas aprovadas, 16 estariam ainda em fase de preparação, para a entrada em funcionamento, entre as quais a de Vila Real que, desde Segunda-feira, está já disponível para os cidadãos vila-realenses.

No entanto, a USF Fénix, para além de ser a primeira do distrito a entrar em funcionamento, deverá ser a única, nos próximos tempos, tendo em conta que ainda não há candidaturas, para criação de outra unidade do género, no distrito.

José Maria Andrade, Coordenador da Sub-Região de Saúde, explicou, ao Nosso Jornal, que o fenómeno prende- -se não com o desinteresse dos profissionais de Saúde em se organizarem, mas com o facto de, no distrito, já existir uma elevada percentagem de satisfação dos utentes para com os serviços, sendo de recordar que a taxa de cobertura de Vila Real, ao nível de médicos de família, aproxima-se muito dos 100 por cento.

Da “Fénix”, o responsável espera que sirva de exemplo e de impulso, para a dinamização de outras USF.

 

 

Maria Meireles

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