Desde a gastronomia à arte, passando pelas paisagens e pelos trilhos, o concelho de Vila Real tem tantos locais onde os visitantes podem viver novas experiências que apenas dois dias não chegarão para nada. Por isso, o ideal é permanecer durante o resto da semana.
A nível gastronómico, certamente que a oferta agrada a quem gostar mais de doces, mas também há os salgados aliados aos bons temperos.
Apesar de já não estarmos em dezembro, mês em que o Pito de Santa Luzia é mais aclamado, este doce está disponível durante todo o ano, e porque não ver os pilotos a acelerar a fundo enquanto se delicia com um doce que combina a massa quebrada com um recheio composto por doce de abóbora e canela?
Mais salgado, uma bondosa porção de carne picada, entre as muralhas macias de massa folhada, dão forma ao tão famoso Covilhete. Com a sua história ligada ao santo mais famoso entre os portugueses, o Santo António, diz-se que esta iguaria, que cabe na palma da mão, só seria comida em junho, mês em que se comemora as festas em honra deste ser celestial. Mas, devido à recetividade e às sensações que despertam no paladar, atualmente já faz parte da ementa diária dos vila-realenses e está ao dispor dos visitantes.
E porque em Trás-os-Montes a ementa deve ser composta por pratos consistentes, o cabrito assado, acompanhado pelas batatas assadas e arroz no forno são o ex-libris da mesa vila-realense, confecionado especialmente aos fins de semana ou quando as famílias se reúnem.
Além da qualidade do cabrito, vindo das encostas das serras do Marão ou Alvão, que só por si já diferenciam a sua carne de qualquer outra, a confeção à moda antiga exponencia as sensações que o paladar transmitirá no momento da degustação. Alho, cebola, salsa e muitas mais ervas, ligadas pelo fino azeite regional, dão o retoque final. Se só ao descrever já vem um pouco de água na boca, imagine quando o provar…
Consolados e com a barriga cheia, o melhor é mesmo fazer a digestão. Ao redor da cidade, as serras do Marão e do Alvão mostram-se apelativas, revelando-se locais ideais para juntar o passeio com o turismo de natureza.
Dentro do espaço citadino, o Parque Corgo é local de paragem obrigatória para quem quiser relaxar ou deixar os filhos a brincar durante algum tempo. O espaço amplo, coberto de relva e com o rio Corgo a passar ao lado, revela-se ideal para um momento descontraído em família. Quem privilegiar o contacto com as pessoas e desvendar um pouco do património, poderá fazê-lo pela rua Direita e permitir que os comerciantes, com a simpatia que os caracteriza, vão mostrando o que há de melhor na cidade.
Mesmo assim, o conselho que damos, é que visite os museus de Arqueologia e Numismática, o da Vila Velha e o Centro de Ciências de Vila Real. Igualmente interessante é o emblemático Palácio de Mateus, a Capela Nova, situada na rua Direita, a Casa de Diogo Cão, o Pelourinho, a Avenida Carvalho de Araújo e a Torre de Quintela, que fica localizada a poucos quilómetros da cidade.