Numa altura em que as estatísticas demonstram que o número de novos inscritos nos centros de emprego de Vila Real reduziu ligeiramente, o secretário de Estado Valter Lemos veio ao distrito, no dia 26, para apresentar um conjunto de medidas que, em vigor desde o início do ano, visam exactamente “estimular a criação de emprego e promover a inserção profissional de desempregados”.
O secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional confirmou que “Vila Real não se afasta da média nacional e que, por isso, como todos os distritos, também perdeu emprego no ano passado”. Uma realidade que já tem vindo a transformar-se nos primeiros meses de 2010, com a diminuição progressiva no número de novos inscritos nos centros de emprego.
“Isso significa que há menos despedimentos, logo há menos perda de postos de trabalho, o que é positivo e esperamos que continue”, explicou o mesmo responsável político, acreditando que país consiga “uma inversão”, ou seja, chegar ao momento em que vai “haver mais criação que destruição de postos de trabalho”.
Segundo os últimos dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional, 10 dos 14 concelhos do distrito registaram, no mês de Março, e comparativamente ao mesmo período do ano passado, uma ligeira quebra no que diz respeito ao número de novos inscritos.
Apenas em Mesão Frio, Ribeira de Pena, Sabrosa e Valpaços houve um aumento no número de pessoas que acorreram pela primeira vez aos centros de emprego, tendo a maior descida sido registada na capital de distrito que, com menos 55 entradas, igualou o valor apontado em Chaves, de 301 novos inscritos.
A estabilização do desemprego deve-se também, como explicou o secretário de Estado, ao resultado positivo de um conjunto de medidas que já vigoraram no ano passado e que este ano estão a ser reforçadas e ampliadas, “chegando a sectores que no ano passado não eram abrangidos”.
“Essas medidas funcionaram muito bem, foi graças a elas que foi possível manter e criar milhares de postos de trabalho”, garantiu Valter Lemos, esclarecendo que o novo objectivo do Governo é que a Iniciativa Emprego 2010, que conta com um orçamento de 500 milhões de euros, beneficie 700 mil pessoas, o dobro das abrangidas no último ano. “Trata-se de uma das maiores iniciativas de sempre no sector do emprego”, garantiu.
O programa de apoio Estatal divide-se em três áreas, a primeira das quais a “manutenção do emprego”, que prevê a possibilidade de recurso à redução ou isenção das contribuições para a segurança social e mesmo a apoios monetários directos para aqueles que celebrem contratos sem termo na sequência de contratos de trabalho temporário.
No que diz respeito à inserção de jovens no mercado de trabalho, o Governo tem previsto um conjunto de medidas que passam pela possibilidade de realização de estágios profissionais, mas também de apoios directos à contratação sem termo de jovens e de ex-estagiários.
Para a criação de emprego e no combate ao desemprego, a Iniciativa Emprego 2010 tem previstos, para além de apoio com atribuição de subsídios complementares destinados a ajudar a contratação por exemplo, de pessoas desempregadas ou a receber o Subsídio de Inserção Social, apresenta apoios à criação do próprio emprego ou de empresas, através da disponibilização de duas linhas de crédito, com garantia e bonificação de taxa de juro.
Todas as informações sobre o pacote de medidas implementado pelo Governo podem ser encontradas no site www.emprego2010.gov.pt.
“Cada novo emprego é uma vitória. Tudo o que conseguirmos na criação de postos de trabalho ou para evitar a sua destruição é sempre um ganho para todos e para o país em geral”, defendeu Valter Lemos.