Na noite de Sexta-feira, foi pelos ares a estrutura de captação de água da aldeia de Antigo, na freguesia de Curros. Apesar do local da explosão estar situado a quase dois quilómetros da aldeia, o estampido foi sentido pela sua população que ficou assustada, tendo a estrutura sido reduzida a escombros.
Várias pedras foram atiradas a alguns metros de distância. Suspeita-se que o explosivo utilizado fosse gelamonite, o mesmo que é usado em algumas pedreiras de granito da zona. Esta explosão fez com que os cerca de cinquenta habitantes da aldeia ficassem privados do precioso líquido.
“Foi uma carga forte, até levantou a tampa que só é amovível com o uso da pá de uma retroescavadora” – referiu Acácio Gonçalves, Presidente da Junta de Freguesia de Curros que acrescentou: “É lamentável o que sucedeu. A água estava a ser conduzida de uma nascente e dava de beber à aldeia. Agora, está toda espalhada”.
A reparação do equipamento ainda não tem data, pois Acácio Gonçalves teme “o pior”. “Preferimos aguardar a investigação, para apurar quem ou quais foram os autores deste acto. Que interesse tem agora fazermos a reparação, quando nos podem fazer, outra vez, o mesmo?” – interrogou.
Sem acusar directamente ninguém, o autarca suspeita de que terá sido alguém da aldeia de Canedo, no concelho de Ribeira de Pena.
“Não vi, não sei, mas, facilmente, sou levado a pensar que este incidente foi causado por gente daquela localidade”.
De facto, estas duas freguesias vêm acumulando divergências, nos últimos anos, por causa da nascente cuja estrutura de captação foi rebentada. Canedo reclama que a nascente está situada na sua área e o assunto já está no Tribunal de Boticas. Aliás, aquando da realização dos trabalhos de captação de água, o empreiteiro da obra teve de enfrentar o descontentamento de alguns populares de Canedo.
Depois da GNR desta vila ter estado no local, o assunto passou para a competência da Polícia Judiciária.
Jmcardoso