Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024
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Distrito reforça sensibilização contra a gripe

Até à hora de fecho desta edição do Nosso Jornal tinham sido confirmados 161 casos de pessoas infectadas com o vírus H1N1, nenhum desses foi registado em Vila Real. No entanto, as forças da região já começaram os esforços de sensibilização para que toda a comunidade adopte comportamentos que dificultem a transmissão da gripe A. Enquanto órgão de comunicação formativo, deixamos aqui as medidas para que também os nossos leitores participem na luta contra a propagação do vírus que já matou mais de 700 pessoas em todo o mundo.

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Nos dias um e dois de Agosto, o Governo Civil de Vila Real vai levar a cabo uma campanha de sensibilização sobre a gripe A junto à fronteira, em Vila Verde da Raia, concelho de Chaves, dirigida aos emigrantes que regressam agora de férias a Portugal. Uma acção a juntar-se a muitas outras que estão a ser levadas a cabo pelas forças vivas do distrito no sentido de evitar a propagação do vírus.

Já não é a primeira vez que o Governo Civil de Vila Real aproveita a entrada dos emigrantes no país para sensibilizar esta faixa da população para problemáticas como os incêndios florestais e a segurança rodoviária. “Vamos aproveitar esta iniciativa para chamar a atenção sobre os cuidados a ter em relação a gripe A”, explicou Alexandre Chaves, Governador Civil de Vila Real, referindo que durante os dois dias serão distribuídos milhares de panfletos junto à fronteira.

Alexandre Chaves mostrou-se ainda confiante na actuação das autarquias locais referindo que “os autarcas estão sensibilizados para as problemáticas da saúde nos seus concelhos, por isso, de certo que vão, em colaboração com os centros de saúde, encontrar as respostas mais adequadas para um eventual aumento exponencial da gripe no distrito”.

 

Autarquia apostou na sensibilização porta

a porta

 

A Câmara Municipal do Peso da Régua foi uma das primeiras no distrito a assumir a responsabilidade de fazer passar a informação aos munícipes de uma forma mais alargada, ao colocar em todas as caixas de correio do concelho (cerca de seis mil) um panfleto informativo sobre os cuidados a ter na prevenção do vírus H1N1.

“Apesar do município não ter responsabilidades directas na saúde, tem a responsabilidade de zelar pelos interesses da população, o que passa também por alertar os cidadãos num período em que ainda é possível precaver antes da doença acontecer”, explicou Nuno Gonçalves, presidente da autarquia reguense.

O edil referiu ainda que, para além de fazer chegar directamente a informação a casa do munícipe, ainda foram distribuídos pelas juntas de freguesias, farmácias e postos de atendimento de serviços públicos mais cinco mil exemplares do panfleto informativo.

Na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro está também a ser preparado um conjunto de medidas de precauções contra uma possível propagação do vírus, estando mesmo a ser desenhado um plano de prevenção e contenção.

Para a academia transmontana a dinamização do plano de contingência é essencial tendo em conta que durante o período de férias são muitos os estudantes que viajam para o exterior.

Seguindo assim o ditado popular, “mais vale prevenir que remediar”, vários responsáveis da UTAD vão começar a trabalhar na criação do plano de contingência.

Álvaro Ribeiro, comandante da Cruz Branca de Vila Real, relevou que também os bombeiros já receberam um kit descartável de protecção (óculos, luvas, máscara e touca) para o caso de ser necessário o transporte de doentes com gripe A. “Para já, só recebemos um kit de protecção, mas acredito que caso seja necessário nos façam chegar mais”, revelou o comandante.

 

Distrito continua “limpo”

da gripe

 

Devido ao facto da gripe A estar a “propagar-se a uma velocidade sem precedentes”, contabilizando-se já mais de 700 mortes espalhadas por todo o mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou no final da última semana que irá deixar de fazer balanços sobre a evolução da pandemia no mundo.

Em comunicado, a OMS recorda que “nas pandemias anteriores, os vírus gripais precisaram de mais de seis meses para se propagar tanto como aconteceu com o novo vírus A (H1N1) em menos de seis semanas”.

Desde o início de Maio, e até a hora de fecho desta edição do Nosso Jornal, verificou-se, em Portugal, um total cumulativo de 161 casos confirmados de Gripe A (H1N1), sendo que, segundo o Ministério da Saúde, todos os infectados “retomaram a sua vida diária, com normalidade”.

Apesar de por várias vezes terem surgido desconfianças e mesmo a transferência de doentes para hospitais de referência, no distrito, e tanto quanto o Nosso Jornal conseguiu apurar, não foi registado nenhum caso confirmado de gripe A.

No entanto, de recordar que, desde o início do mês, o Hospital de São Pedro, em Vila Real, entrou na lista dos hospitais de referência para a gripe, uma medida tomada pelo Ministério da Saúde que mantém como “objectivo principal a imediata localização e contenção dos casos”.

O Ministério alerta: “em caso de sintomas de gripe, independentemente de terem viajado para fora do país, contactem de imediato a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24) e sigam as indicações que lhes são dadas. Esta deve ser a primeira medida a tomar antes de se dirigirem a um serviço de saúde”.

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