Quinta-feira, 5 de Dezembro de 2024
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Diversão, ambiente e desenvolvimento económico num só projecto

Já começou a nascer o primeiro Parque Ecológico de Portugal, um projecto que, já reconhecido a nível internacional, vai envolver um investimento de cerca de 10 milhões de euros em 150 mil metros quadrados de diversão associados ao turismo, à preservação ambiental e ao desenvolvimento económico local, com a criação de uma centena de postos de trabalho directos

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Denominado “Nature Water Park” – Parque de Diversões do Douro, o projecto de criação de uma zona de diversão e lazer que vai contemplar um parque de campismo de quatro estrelas, um parque aquático, diversão no gelo, um parque aventura e uma quinta pedagógica já começou a ser construído em Póvoa, freguesia de Andrães, Vila Real, prevendo-se a conclusão da sua primeira fase para o Verão de 2011.

Segundo Eduardo Rodrigues, proprietário da empresa responsável pelo projecto, o parque de diversões já está a ser idealizado há cerca de seis anos, tendo recebido este ano a confirmação do apoio europeu de 50 por cento do orçamento total de 10 milhões de euros, através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

“Numa primeira fase serão construídos o parque de campismo e a zona de diversão aquática e as pistas de gelo”, explicou o mesmo responsável, referindo que a quinta pedagógica e o parque aventura serão construídos numa segunda etapa, prevendo-se a conclusão total do projecto para 2012.

O projecto do Parque de Diversões do Douro já mereceu um artigo publicado numa revista italiana (Green Technologies), que o classificou como o primeiro parque ecológico de Portugal, “um projecto pioneiro na utilização de sistemas ecológicos e sustentáveis” através do recurso às energias renováveis, à reciclagem de 100 por cento da água utilizada no complexo e à utilização de materiais de construção biodegradáveis.

O mesmo artigo reconhece o apoio da União Europeia como a prova de que o projecto representa, “de uma forma inteligente e elaborada”, o exercício de viabilização de um empreendimento turístico associado a preocupações ambientais e desenvolvimento sustentável.

O estudo de viabilidade económica prevê a criação de 100 postos de trabalho directos e 400 indirectos, sendo de sublinhar, como explicou Eduardo Rodrigues, o desenvolvimento económico local pelo qual será responsável. “O empreiteiro responsável pela obra, empresa Santos Construções, é da freguesia de Andrães”, confirmou o proprietário, adiantando ainda que todos os trabalhos associados à construção e divulgação do parque serão garantidos por empresas da região, sendo de sublinhar que o design, publicidade e marketing estão a cargo de uma empresa vila-realense e o desenvolvimento dos equipamentos ao nível do aproveitamento das energias renováveis é da responsabilidade de uma empresa sedeada no distrito de Bragança. “Apenas o fornecimento dos equipamentos para o parque aquático e decoração” serão garantidos por empresas localizadas fora da região.

O parque de campismo quatro estrelas, que incluiu não só uma zona de tendas mas também bungalows, terá uma capacidade para 150 campistas, enquanto a lotação do parque aquático, que prevê a oferta de várias diversões como o kamikaze, o tobogan, as pistas rápidas e brandas, zonas infantis e de relaxamento, entre outras, cifra-se nos 2000 utentes.

Se no Verão as diversões aquáticas vão fazer as delícias dos visitantes, durante o Inverno as pistas e escorregas vão dar lugar à diversão no gelo, com a transformação dos equipamentos através da utilização de gelo artificial.

Na primeira fase de construção do projecto está ainda a prevista a construção de um parque de estacionamento com capacidade para mil viaturas, que irá ainda servir a quinta pedagógica e o parque aventura, a construir até 2012.

Campos de golf e ténis, pistas de rádio-controle e parques infantis, espaços para hidroterapia e hidroginástica são mais algumas das infra-estruturas previstas no Parque de Diversões do Douro que vai ainda contar com várias valências de apoio como restaurante, mini-mercado, espaço de exposição de produtos regionais, salas de convívio e balneários, entre muitas outras.

“A ideia surgiu há seis anos quando percebi que do Porto à Galiza não havia um espaço de diversão com qualidade”, recordou Eduardo Rodrigues, adiantando que, além de proporcionar às populações da região a oportunidade de usufruir de um programa diferente durante os fins-de-semana, o Nature Water Park vai apostar nos turistas internacionais com especial ênfase para o público espanhol, alemão, inglês, francês e italiano, sendo de realçar que o site do Parque de Diversões (www.naturewaterpark.com) será traduzido nos cinco idiomas.

Em cerca de 150 mil metros quadrados de área construída, o parque também marca pontos no que diz respeito ao impacto visual, como referiu o artigo publicado na revista italiana, já que, “para além de ser arborizado com espécies autóctones”, a sua integração na paisagem será garantida através da utilização de rochas artificiais e de uma arquitectura tradicional na construção dos vários edifícios.

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