Sexta-feira, 6 de Dezembro de 2024
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Dois anos depois da obra parada autarquia confirma a ‘morte’ do projecto

Prometia ser um projecto inovador que unia os municípios de Vila Real e Benavente, mais exactamente um “espaço de acolhimento de serviços logísticos e empresariais de carácter transfronteiriço”, que, orçado inicialmente em quase 3,5 milhões de euros, mereceu mesmo um apoio de fundos comunitários. Mais de dois anos depois de parada a obra, devido à “falência do empreiteiro”, perdeu-se a verba europeia e a finalidade do edifício da Quinta do Trem.

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“Poderá ter que se proceder a uma alteração do projecto e da finalidade prevista inicialmente para o edifício”, confirmou esta semana, ao Nosso Jornal, a Câmara Municipal de Vila Real sobre o edifício que estava a ser recuperado para a criação do Centro Transfronteiriço de Serviços Logísticos e que agora deverá servir de morada a um Serviço Público”.

Manuel Martins, presidente da autarquia, recordou que “a paragem da obra foi resultado de um processo de falência do empreiteiro, situação que impediu a conclusão da empreitada e implicou a perda da verba prevista para a conclusão da obra”.

O mesmo responsável político revelou ainda que “em função disso, a autarquia tem procurado encontrar alternativas de financiamento para garantir a conclusão dos trabalhos, o que até à data não tem sido possível”.

No entanto, a Câmara Municipal está a proceder ao estudo de “quatro pedidos de utilização” do edifício para “Serviços Públicos”. Embora não revele ainda as hipóteses que estão em cima da mesa, a autarquia deverá optar entre uma delas.

Manuel Martins defende que a alteração do projecto inicial prende-se com a necessidade de “viabilização do financiamento dos trabalhos em falta”, sendo assim necessário “adaptar o projecto às oportunidades que entretanto surjam”.

Projectado no âmbito da Associação Transfronteiriça de Municípios “Cidades Porta de Fronteira”, o Centro parou definitivamente no tempo quando, em finais de Maio de 2008, foi confirmado o processo de “insolvência” da empresa responsável pelas obras.

Na altura, o Tribunal de Comércio de Vila Nova de Gaia proferiu “a sentença de declaração de insolvência” da empresa “Quelhas S.A”, responsável pela obra de construção do Centro Transfronteiriço de Serviços Logísticos, um projecto de recuperação do edifício orçado em quase 600 mil euros.

Denominado “Logística Transfronteiriça SP2.P.39/03” e financiado pelo programa INTERREG III, o projecto inicial previa a construção de uma infra-estrutura idêntica na cidade de Benavente. Até a hora de fecho desta edição, não foi possível ao Nosso Jornal saber junto da autarquia local o desenvolvimento do projecto naquele município espanhol.

O Centro Logístico jaze agora junto ao Hotel Miracorgo, no espaço da antiga Quinta do Trem, local para o qual a Câmara terá mesmo anunciado, no início de 2007, aquando da aprovação do processo de expropriação dos terrenos, a construção de “uma praça com vista sobre o rio” e de um parque de estacionamento.

 

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