Sábado, 14 de Dezembro de 2024
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Dois vila-realenses integravam rede internacional de tráfico de armas

Um comerciante e um aposentado vila-realenses foram detidos por, alegadamente, integrarem uma rede internacional de tráfico de armas. Só nesta acção da PJ foram apreendidas mais de 30 armas e milhares de munições, no entanto os números de outra força de segurança, a GNR, também são reveladores dos esforços no combate a este tipo de crimes.

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Cinco homens, com idades compreendidas entre os 39 e os 63 anos, dois dos quais residentes no concelho de Vila Real, foram detidos por “suspeitas de envolvimento na posse, transformação e comercialização de armamento proibido”, anunciou, no dia 27, a Unidade Local de Investigação Criminal da Polícia Judiciária (PJ) de Vila Real.

Segundo Casimiro Vieira, inspector-chefe da PJ de Vila Real, as detenções, bem como a apreensão de mais de 30 armas e milhares de munições, decorreram de um conjunto de acções realizadas nas zonas de Amarante, Fafe, Vila Pouca de Aguiar, Mirandela e Vila Real.

“A operação foi o culminar de vários meses de investigação e pôs cobro a uma rede de tráfico com dimensão internacional”, explicou o mesmo responsável, revelando que as armas se destinavam também ao mercado interno e seriam utilizadas em casos de crime violento e organizado.

A PJ revelou ainda, ao Nosso Jornal, que no rol de detidos, dois são residentes em Vila Real, sendo que um é comerciante/agricultor e outro aposentado. No entanto, o cabecilha do grupo agora desmantelado é um homem de Amarante, de 63 anos, que “estaria há muito relacionado com criminalidade violenta e organizada na região Norte e que teria ligações ao estrangeiro, designadamente à Suíça e a Espanha, na obtenção das armas e munições, cujo transporte, por via terrestre, se processaria sem grandes entraves”.

“No decurso dos trabalhos foi feita a apreensão de duas pistolas de calibre 9 mm, três revólveres de calibre 38, quatro revólveres de calibre 32, três pistolas de calibre 7,65 mm, um revólver de calibre 22, cinco pistolas semi-automáticas de calibre 6,35 mm, três pistolas semi-automáticas, transformadas, com o mesmo calibre, três armas de alarme, de gás transformáveis em armas de fogo, seis espingardas caçadeiras, duas carabinas de bala para caça grossa, um aerossol, cerca de oito mil munições diversas, dezenas de carregadores de vários tipos, peças e componentes de armas de fogo, dispositivos de gravação e falsificação de armas de fogo, duas viaturas, vários telemóveis, cinco mil euros em dinheiro e documentação diversa que se presume relacionada com o tráfico de armas”, revelou a PJ.

 

GNR já apreendeu

mais de 140 armas de fogo

desde o início do ano

 

Entre Janeiro e o último dia 26, o Comando Territorial da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Vila Real já apreendeu, no distrito, 142 armas de fogo, 4655 munições e 124 explosivos.

Segundo as estatísticas, às quais o Nosso Jornal teve acesso, a maioria das armas apreendidas são de caça (66), seguindo-se no ranking o armamento de defesa (53) e de recreio (15).

No âmbito das várias acções desenvolvidas, a maior parte na zona do Alto Tâmega e que resultaram na detenção de 27 pessoas, foram aprendidos mais de uma centena de explosivos e mais de uma dezena de detonadores.

 

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