2009 poderá não ser um ano de farta colheita na região Demarcada do Douro, embora ainda seja muito cedo para se avançar uma previsão, o certo é que alguns “sinais” parecem indicar que o Douro não deverá ter superprodução. Para já, em termos de quantidade é difícil calcular, mas do ponto de vista sanitário as coisas estão a correr bem. Está a ser praticamente um ano sem míldio, o que quer dizer que normalmente os viticultores se descuidam um pouco e às vezes poderão existir outros problemas que podem aparecer, como o oídio. “Estamos ainda longe dos problemas com a traça da uva, que tem uma importância directa na quantidade da vindima. Vamos entrar agora na segunda geração desta praga, a terceira geração só ocorrerá em meados de Agosto, portanto ainda é muito cedo”, salientou Fernando Alves. Este garantiu ainda que só “daqui a 3 semanas poderão ser avançados dados mais seguros, a partir do projecto de Previsão de Produção”. Estes elementos disponibilizados pela Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense, ADVID, contam com a colaboração do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto e a cooperação da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, e com a participação de outros “actores” diferentes quer nacionais, quer internacionais.
Recorde-se que no ano anterior, a Associação do Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID) estimou para a vindima de 2008 uma produção de 211 mil pipas de vinho, num intervalo de 186 a 235 mil pipas, o que representou uma quebra, em relação à estimativa apresentada em 2007, na ordem dos 13 por cento. Valores que acabaram por se confirmar.