A equipa transmontana foi ainda condenada no pagamento de uma multa de 1250 euros, na sequência dos factos ocorridos no encontro, que levaram o árbitro a dar por concluído o encontro antes do final do tempo regulamentar.
O órgão disciplinar decidiu, ainda, punir o treinador, Luís Pimentel, com 1 ano de suspensão e multa de 750 euros, e o atleta, José Monteiro, com a pena de 6 meses de suspensão.
Confrontado com esta decisão, o ex-técnico do clube, Luís Pimentel, sente-se injustiçado com a pena que lhe foi atribuída, uma vez que “não agrediu o árbitro”, como entendeu o CD, tendo por base apenas o relatório do juiz da partida e não o relatório da GNR presente e das testemunhas que foram arroladas ao processo. “O acto pelo qual sou acusado, não o cometi, como toda a gente viu. Mas, neste caso, infelizmente, a palavra do árbitro foi soberana e a única que foi tomada em conta”, sublinha o ex-treinador alvi-negro.
Luís Pimentel lamenta ainda que o seu percurso fique manchado com este castigo, uma vez que apesar de alguns excessos verbais proferidos na altura, não agrediu o árbitro e foi o próprio juiz quem o insultou. “Apenas me dirigi ao árbitro para que continuasse com o jogo e foi aí que ele me insultou. Quero esquecer rapidamente este episódio lamentável e não sei se valerá a pena recorrer, uma vez que foi palavra contra palavra e a que valeu foi a palavra e o relatório do árbitro perante as testemunhas e o relatório da própria GNR”. Infelizmente é esta a justiça que temos, e pouco há a fazer”.
Entretanto, o clube já recorreu da decisão do CD da Federação Portuguesa de Futebol e aguarda agora uma nova avaliação dos factos.
Recorde-se que a confusão ocorreu ao minuto 94’, quando uma má decisão da equipa de arbitragem e o golo da Oliveirense despoletou uma onda de protestos dentro e fora do recinto desportivo. Na sequência da marcação de um pontapé de canto, há um jogador da Oliveirense que carrega o guarda-redes Gamito, na pequena área, o árbitro nada vê, a bola sobra para o guarda-redes, Rui Forte, que atira para a baliza vila-realense, fazendo o golo da igualdade. A partir deste lance, Zé Monteiro foi pedir explicações ao árbitro pelo sucedido e o porquê de ter validado um golo irregular. A confusão instalou-se e o jogo acaba por não se reiniciar. O árbitro decide que não tem condições para continuar e dá por terminada a partida. Acaba por sair do Monte da Forca uma hora e trinta minutos depois, escoltado pelas forças policiais.
Na segunda-feira, os clubes reuniram e exigem que a FPF levanta-se a suspensão, uma vez que estavam a ter graves prejuízos financeiros com esta situação. Na terça-feira, a FPF decidiu arquivar o processo de averiguação ao encontro entre o Serzedelo e o Coimbrões, que levou à paragem da Série B da competição. CD decidiu pelo arquivamento do processo depois de não ter obtido nos autos levantados “elementos seguros que possam relacionar os factos com algum clube de futebol ou agente desportivo”. Assim, no dia 3 de Maio tudo volta à normalidade com o regresso dos jogos da Série B. O Vila Real, incorporado Manutenção B1, irá receber, no Monte da Forca, o Moncorvo, a outra equipa transmontana desta Série.