Está disponível em www.compraslocais.pt e foi concebida para fazer face aos constrangimentos que a pandemia de Covid-19 provocou. Serve como um canal alternativo para que os empresários do concelho de Vila Pouca de Aguiar possam fazer negócio de forma diferente. “Já há algum tempo que tínhamos interesse em fazer algo do género com os nossos associados, mas, com o evoluir desta situação económica difícil, vimos que era urgente as pessoas utilizarem novas formas de poderem vender os seus produtos e serviços e achamos que era a altura certa para o fazer”, referiu Susana Mofreita, técnica da Associação Empresarial do Corgo (AEC), que conta com mais de 150 associados.
A plataforma digital foi lançada há pouco mais de uma semana, mas já tem o registo de mais de 30 empresas do concelho. “Os empresários têm-se mostrado bastante satisfeitos com a iniciativa e acham que é uma boa oportunidade de poderem usar outros canais de venda”.
As empresas podem entrar na plataforma e fazer o respetivo registo e introduzir os seus artigos para venda, após análise e validação da empresa responsável pelo desenvolvimento e manutenção do site. A plataforma disponibiliza um diretório das empresas do concelho “onde os clientes podem ir buscar informações mediante o setor de atividade pretendido”, explicou a técnica da AEC.
Incerteza na reabertura
A partir de 4 de maio está prevista a reabertura do pequeno comércio local. Em Vila Pouca de Aguiar, tal como um pouco por todo o país, as incertezas quanto à pandemia são muitas mas a vontade de reabrir os negócios é urgente para não agravar a situação económica.
“As pessoas estão muito preocupadas porque o impacto financeiro é muito grande nos negócios, mas depois temos a incerteza de não saber se a pandemia vai ser ou não controlada, portanto têm receio. A maioria está com vontade de abrir porque as despesas são fixas e, realmente, esta situação está a tornar-se insustentável”.
A Associação Empresarial do Corgo teme que, depois de várias semanas com as portas fechadas, alguns “negócios que já estavam mais fragilizados” não tenham capacidade para reabrir, mas será uma situação que “teremos que ver e esperar que não se verifique”, rematou Susana Mofreita.