Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025
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Enfermeiros contestam dispensas

Depois da polémica em torno do internamento precário de doentes no Hospital de São Pedro, em Vila Real, o centro hospitalar transmontano voltou a ser alvo das críticas do Sindicato de Enfermeiros que, desta vez, contesta a dispensa de 17 profissionais do Hospital de Lamego. Um grupo de enfermeiros do Centro Hospitalar de Trás–os-Montes e […]

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Depois da polémica em torno do internamento precário de doentes no Hospital de São Pedro, em Vila Real, o centro hospitalar transmontano voltou a ser alvo das críticas do Sindicato de Enfermeiros que, desta vez, contesta a dispensa de 17 profissionais do Hospital de Lamego.

Um grupo de enfermeiros do Centro Hospitalar de Trás–os-Montes e Alto Douro manifestou-se, no dia 26, como forma de protesto pela dispensa, durante este mês, de um grupo de 17 profissionais de enfermagem do Hospital de Lamego.

“Estes enfermeiros souberam, no dia 23, que iam deixar de trabalhar, a partir do dia 31 de Março”, sublinhou Guadalupe Simões, do Sindicato de Enfermeiros Portugueses (SEP), questionando a medida do Conselho de Administração, tendo em conta que os enfermeiros em causa foram contratados, alguns há mais de um ano, para fazer face à necessidade dos serviços da unidade hospitalar.

Os Serviços de Medicina (Feminino e Masculino), de Cirurgia e de Ortopedia vão ficar mais pobres, no que diz respeito ao número de profissionais de enfermagem e a sindicalista garante, mesmo, que, em algumas especialidades do Hospital de Lamego, onde a taxa de ocupação é de 140 por cento, a equipa de enfermagem é “manifestamente insuficiente, face às necessidades”.

A situação prende-se com a não renovação de contratos de três meses, ou seja, os enfermeiros “mal começam a adaptar-se nos serviços, são dispensados para serem contratados novos colegas”, referiu a mesma responsável considerando ser esta uma medida “completamente anacrónica, face à necessidade de manutenção da qualidade dos serviços prestados”.

Carlos Vaz, Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Trás–os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), garantiu, ao Nosso Jornal, que os contratos “terminaram antes” da criação do Centro Hospitalar.

“Desde que tomou posse, a nova Administração já contratou seis enfermeiros para Lamego, e continuará a contratar, sempre que necessário”, sublinhou o Administrador.

“Temos quadros mais que suficientes”, garantiu Carlos Vaz, adiantando que o CHTMAD não contratará enfermeiros, “só por contratar” e recordando que só no hospital de São Pedro (que com os hospitais de Chaves, Lamego e Régua, constitui o centro hospitalar), existe uma taxa de 12,76 enfermeiros por cada 10 camas.

Relativamente à excessiva “rotatividade” de enfermeiros, nos vários serviços, também denunciada pelo SEP, Carlos Vaz explica que esta se prende, única e exclusivamente, com a substituição de profissionais do quadro que, por questões pontuais de saúde ou por motivo de licença de parto, têm que ser substituídos, temporariamente.

 

Maria Meireles

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