Esta iniciativa foi promovida pelo “Colectivo Camino de Hierro”, sedeado em Salamanca (Espanha) e teve como objectivo “a defesa da linha com vista à preservação do património ferroviário, para deixar um legado às gerações futuras, mas também foi uma forma de tentar romper uma dinâmica que, ao longo de décadas de imobilismo, não parecem concluir mais do que a ausência de projectos reais de futuro e que, portanto, condena as duas infra-estruturas ao abandono”. O movimento defendeu, mais uma vez, “a exploração e a reutilização da via-férrea raiana como sendo uma mais-valia económica, que traria benefícios directos às populações locais”. Este acto simbólico teve ainda teatro de rua, fotografia e projecções.
De salientar que, o troço La Fuente de San Esteban e Boadilla (Espanha) está classificado como “Bien de Interés Cultural”, com a categoria de “Monumento”. Por outro lado, no fim do mês de Fevereiro, o presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo, António Edmundo, pediu informações ao Ministro das Obras Públicas sobre a concretização do protocolo de intenções, assinado em Setembro, com vista à reactivação do troço ferroviário Pocinho – Barca D’Alva. Uma fonte do gabinete ministerial garantiu que o compromisso se mantém e é para cumprir. Neste protocolo estão envolvidos a REFER, a CP, o IPTM, a CCDR-N, a Estrutura de Missão do Douro e o Ministério dos Transportes. Esperamos que neste processo não haja um novo “enterro”.