Este ano mais de 350 crianças do distrito de Vila Real entraram no sistema do Programa “Estou Aqui” que, no distrito, desde o início do mês, já está também disponível na versão Adultos.
Como recordou o Comissário João Martins, do Comando Distrital da Polícia de Segurança Pública (PSP), trata-se de “uma solução inovadora, criada pela PSP em conjunto com outras entidades, nomeadamente a Fundação Portugal Telecom, que tem como principal objetivo sinalizar de forma mais eficiente e segura as crianças entre os 2 e os 9 anos, promovendo um contacto mais rápido com os seus pais”.
Em vigor desde 2012, o “Estou Aqui” Crianças decorre entre os meses de junho e setembro, tem superado todas as expectativas em termos de adesão e este ano ultrapassou, a nível nacional, as 30 mil pulseiras atribuídas, das quais 356 em Vila Real (120 em Chaves).
Para inscrever uma criança no programa, os pais (ou instituição) devem aceder ao site estouaqui.mai.gov.pt, proceder ao preenchimento de uma ficha com os dados identificativos do menor e da família e, depois, levantar a pulseira na esquadra da sua área de residência, onde esta é ativada. A base de dados fica então disponível até ao final do respetivo ano.
No caso dos adultos, o sistema funcionará da mesma forma, referiu o mesmo responsável da PSP de Vila Real, explicando que o alargamento da utilização das pulseiras por adultos decorre de “uma necessidade verificada na atividade operacional” da polícia. “Sobretudo durante o período noturno, somos confrontados com pessoas que andam pelas cidades sozinhas e que não conseguem dar a sua identificação ou dizer onde residem. Nesses casos, temos que levar as pessoas para esquadra, onde passam a noite, e só na manhã seguinte conseguimos diligenciar e fazer contactos com determinadas instituições”, testemunhou.
Através da utilização da pulseira (que difere pela cor da destinada às crianças), os agentes podem aceder à base de dados do programa e, “de imediato, contactar a família”, adiantou o comissário revelando a utilização do sistema, por exemplo, por pessoas que sofrem de Alzheimer.
“O primeiro contacto é muitas vezes crítico e a urgência com que a pessoa é identificada, pode fazer toda a diferença, sendo dever da Polícia procurar todas as alternativas para que esse processo seja rápido, simples e seguro”, explica o site do programa, que, numa primeira fases de testes está disponível apenas para algumas entidades parcerias da PSP, mas que a partir de maio do próximo ano será alargado à população em geral.