O cancelamento da semana, que “serve de integração” para os novos caloiros na cidade, devido de uma providência cautelar e de queixas, pelos moradores, contra o ruído emitido pelo evento.
Num ano em que a iniciativa estava a decorrer num outro local, junto ao rio Corgo, no parque de Codessais, “foram imensas as queixas pelo barulho que emitimos, sobretudo, pelas pessoas que vivem próximo da zona”, conta à VTM, António Vasconcelos, presidente da Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD).
Este responsável salienta que se trata de “um momento lamentável para todos os estudantes” e lamenta que a vida académica não seja vista de outros modos pelos vila-realenses, restando, agora, “minimizar ao máximo os danos causados”. O presidente da AAUTAD aponta, ainda, que os estudantes perfazem parte da economia local e que são geradores de grandes postos de trabalho na cidade.
“As contas são simples, já as apresentei. Os estudantes aqui em Vila Real gastam cerca de 30 milhões de euros por ano, o que perfaz mais ou menos 1,7 milhões de euros por mês. Muitos postos de trabalho, na cidade, estão ocupados por serviços para estudantes”, refere.
Perante esta situação, o presidente da Câmara, Rui Santos, referiu que nunca tinham tido tantas queixas e que o ruído pela música “esteve a níveis altíssimos” até cerca das 5h00. O autarca salienta ainda que, perante tal situação, “não tínhamos alternativa”, em encontrar outra solução.
Quanto à atitude da câmara, o presidente da AAUTAD fez questão de dizer que “a culpa não é da câmara municipal” e que “a caminhada silenciosa”, do parque de Codessais até à Capela Nova, teve como propósito “demonstrar aos moradores que Vila Real também é nossa”, referindo ainda que “não é desta forma que Vila Real será uma cidade de paragem e fixação de jovens”.