Domingo, 1 de Dezembro de 2024
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Excluir a região da rede nacional de mobilidade eléctrica “não faz sentido”

O Governo lançou recentemente a Rede Nacional de Mobilidade Eléctrica, um projecto ainda em fase piloto que vai instalar equipamentos de abastecimento para veículos eléctricos em 21 cidades portuguesas, nenhuma delas incluídas na região transmontana.

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O projecto-piloto da rede de abastecimento de veículos eléctricos integra 21 cidades nacionais, nenhuma delas pertencentes aos distritos de Vila Real, Bragança ou Viseu, uma situação que Ricardo Martins, deputado social-democrata na Assembleia da República, eleito pelo círculo de Vila Real, quer ver esclarecida.

Segundo as metas do Governo, as 21 cidades que agora compõem a rede, aderiram ao Programa para a Mobilidade Eléctrica, um projecto que, nesta primeira fase, vai durar até 2011 e que será responsável pela instalação de 1300 postos de abastecimento para carros movidos a electricidade.

Segundo o Governo, as cidades agora incluídas no projecto “apresentam características de densidade populacional, de situação geográfica estratégica, de volume de tráfego automóvel e de proximidade geográfica com eixos viários estruturais, propiciadoras da criação de uma rede homogénea para o lançamento da mobilidade eléctrica em Portugal”.

“Há no distrito de Vila Real municípios que cumprem integralmente os critérios previamente definidos”, garante o deputado social-democrata que, no final da semana passada apresentou um requerimento ao Ministério da Economia e da Inovação para saber exactamente porque, não só Vila Real, mas toda a região, ficou de fora do projecto.

Ricardo Martins considera que “não faz sentido e é mesmo desprovido de qualquer lógica, deixar fora de uma rede, dita nacional, toda uma região, Trás–os-Montes e Alto Douro, onde residem cerca de um milhão de cidadãos”.

Considerando o Governo que o Vale do Douro deve ser o quarto destino Turístico de Portugal, como pode deixar essa zona de fora de um projecto que, como “apregoa, o ministro do Ambiente, irá contribuir de forma importante e sustentável para a redução das emissões de gases com efeito de estufa, minorar os problemas de qualidade do ar em grandes centros urbanos e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida dos cidadãos que aí residem ou trabalham”, defende Ricardo Martins.

“Esta decisão do Governo é lamentável, atentatória do direito à igualdade de oportunidades, discriminatória e, em última instância, acentua assimetrias regionais e prejudica o desejável crescimento e desenvolvimento sustentável deste Distrito e desta Região”, alega o mesmo responsável político.

Na fase piloto, a rede, denominada “Mobi-e”, ficará assim constituída pelos municípios de Almada, Aveiro, Beja, Braga, Cascais, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Gaia, Guarda, Guimarães, Leiria, Lisboa, Loures, Porto, Santarém, Setúbal, Sintra, Torres Vedras e Viana do Castelo.

Compatíveis com todas as marcas de veículos eléctricos, os equipamentos serão instalados em locais como parques de estacionamento público, centros comerciais, bombas de gasolina, hotéis, aeroportos, garagens particulares e nas vias públicas dos municípios.

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