Aqui fica o comunicado na íntegra da Federação Renovação Douro:
"Sobre o comunicado da União das Adegas
Meus Caros,
Em primeiro lugar carece perceber donde vem, quem é, e o que é a União das Adegas Cooperativas do Douro:
Como já perceberam a grande maioria das cooperativas do Douro não faz parte dessa associação.
Ora bem, as figuras que se apresentam em nome dessa associação são o Dr. Ilídio Santos e o professor José Manuel Santos, ambos “dirigentes” da extinta UNIDOURO. Para garantirem a sua própria posição criaram a dita associação que representa pouco mais do que eles próprios.
Quando foi do concurso público de acesso à nova Casa do Douro as duas figuras aliaram-se à ALD, a entidade desclassificada, herdeira ela própria de tudo o que de pior existiu na falida Casa do Douro. A partir da derrota passaram a ser detratores incondicionais da nova Casa do Douro/FRD, apagados por larga temporada ressuscitaram agora.
Ambos com lugares na FENADEGAS e na CONFAGRI, à custa de uma falsa representação cooperativa da extinta UNIDOURO. E, por inerência, fazem parte do IVV e da VINIPORTUGAL sendo que, nesses lugares, nada fizeram e quando emitiram opinião não foi em favor da Região.
Em segundo lugar, estes senhores, como sempre, nunca foram de estudar dossiês e por isso falam numa posição lesiva dos interesses dos Agricultores e estão ao serviço dos exportadores baseados em quê? O que é que sabem? Quer dizer que se o benefício fosse maior o prejuízo era dos exportadores? Pura ignorância…!
Sabem, aqueles nossos associados da Casa do Douro, que, desde que assumimos o lugar no Conselho Interprofissional, desenvolvemos um modelo, em conjunto com a Universidade do Porto e a Consultora PKF, que nos permite analisar com segurança um conjunto de indicadores sobre vendas e stocks de Vinho do Porto e assim fazer simulações e tomar decisões conscientes apoiadas no conhecimento e não no ”achismo”, na ignorância ou na demagogia. Foi assim que aconteceu na última reunião, ocorrida na sede da Casa do Douro, em que estiveram presentes muitas das cooperativas e associações federadas, em que, após apresentação das diversas variáveis, se decidiu em conjunto, qual o número de pipas a beneficiar e a propor no referido Conselho. O número por nós aprovado na Casa do Douro foi o defendido e aprovado no Conselho Interprofissional do IVDP.
Como vêem, diferentemente do antigamente, não funcionamos com amadorismo e discutimos com os associados qual a melhor solução, decidindo sempre em defesa da lavoura.
Só para inconscientes é possível achar que quando existe, praticamente, uma campanha inteira de excedente de vinho do Porto na mão do comércio, a melhor solução é ajudá-los a reforçar ainda mais os armazéns! Dessa maneira, cheios de folga, poderiam, a curto prazo, deixar de vir ao mercado, deixar de comprar a totalidade do vinho beneficiado e, ainda por cima, baixar o preço da pipa. A produção estaria na mão deles…!
Lembram-se do que aconteceu em 2011 ? Devido ao desvario de anos anteriores só se fizeram 90.000 pipas …? Muitos faliram…Lutamos para que nada disso se repita.
Por último:
Para aqueles que acham que “Este acontecimento mostra a enorme importância da Casa do Douro assumir com urgência as competências, nos moldes que a Assembleia da República decidiu” desenganem-se pois no diploma agora aprovada na Assembleia da República as competências da Casa do Douro ainda são mais reduzidas do que as da nossa situação actual…!
Estes críticos que se deixem de demagogia e que estudem os dossiês …!"