De acordo com nota enviada à VTM, “para além deste doce tradicional, terão de igual modo destaque o pão, fumeiro, licores e vinhos, artesanato entre outros”, destacou o município de Miranda do Douro, promotor do certame, avançando, ainda, que “o saber ancestral está garantido em todos os produtos característicos desta altura do ano, como é o folar de carne, confecionado com o melhor fumeiro caseiro”.
O evento, que está de regresso após dois anos de interregno por força da pandemia, “tem como principais objetivos contribuir para a divulgação, promoção e venda de produtos regionais e locais e fomentar o convívio e animação no Largo do Castelo de Miranda do Douro”, lê-se na mesma nota.
De acordo com Helena Barril, presidente da autarquia, em declarações à agência Lusa, “este ano não se realizou a Feira do Sabores Mirandeses, devido às restrições provocadas pela covid-19 e que estava prevista para o passado mês de fevereiro, e assim juntamos o certame com o da bola doce, sendo uma espécie de dois em um, para poder dinamizar a economia local”.
São esperados 45 expositores no certame, que vai decorrer um espaço especialmente preparado para o efeito situado no centro histórico da quinhentista cidade de Miranda do Douro.
“Vamos assim, desta forma, tentar dinamizar a economia local já que há produtores que aproveitam estes certames para escoar os seus produtos. Nos dois últimos anos, os certames [Sabores Mirandeses e Feira da Bola Doce] foram realizados ‘online’”, indicou a autarca.
A bola doce é um dos ícones da doçaria conventual do Planalto Mirandês, confecionada com canela e açúcar às camadas, sendo amassada à mão, cozida num forno tradicional e servida na Páscoa. Segundo a tradição mais antiga, esta bola é confecionada com farinha de trigo, ovos, canela, açúcar, fermento padeiro, manteiga, azeite e sal.
A bola doce mirandesa deixou de ser um fenómeno sazonal e assumiu o papel de produto regional que já é vendido durante todo o ano em Lisboa, no Porto e em alguns pontos de França e Espanha.