Com este projeto teatral, “miúdos e graúdos” vão ter a oportunidade de reviver as festas de outros tempos, em que os Robertos e as suas barraquinhas eram a atracão muito ansiada nas festas e romarias da “bila”, e que Luísa Dacosta “rememorou” na obra Robertices, obra que integra o Plano Nacional de Leitura. Os bonecos farão soltar a imaginação dos mais pequenos e saber como se divertiam as crianças de outros tempos… e aos mais crescidos recordar os “velhos” tempos, proporcionando um verdadeiro encontro intergeracional, de partilha de saberes e experiências.
A festa dos Robertos que empolgava Luísa Dacosta nos seus tempos de criança é recreada pela Filandorra numa performance lúdica e estética em que atores/animadores/manipuladores e público compõem a palavra Robertices a partir das dez letras do abecedário, também elas “robertos” de madeira nas mãos do público que assiste sentado no chão em grandes lonas de pano-cru, organizando uma plateia “à moda antiga”.
“O freguês caloteiro”, que a autora fixou em texto dramático na obra Robertices, é a primeira história popular a apresentar, e conta a história de um freguês que vai ao barbeiro, corta o cabelo e faz a barba mas não quer pagar… grande confusão e eis que entram a ação as “pauladas” características do teatro robertos que “sonavam” de forma hilariante na cabeça de pau do freguês e faziam rir a “bandeiras despregadas”. O segundo texto a apresentar é a tradicional história da Carochinha… que na versão de Luísa Dacosta ganha um cunho transmontano com a introdução de animais característicos da região como o burro, o porco, o cão, o gato, entre outros.
O projeto arranca no bairro histórico dos Ferreiros com a apresentação de Robertices pelas 10h00, numa sessão aberta a toda a comunidade, permitindo assim reforçar a partilha de saberes e experiências entre comunidade educativa e os habitantes do bairro.
O projeto vai ainda percorrer outras zonas, como o Bairro de São Vicente de Paula, Bairro da Araucária, Largo do Pelourinho, Timpeira, Flores e Bairro de Almodena, privilegiando os espaços públicos ao ar livre, “debaixo” das frondosas árvores da freguesia, ponto de encontro dos habitantes da freguesia sobretudo dos mais “antigos”.
A sessão de encerramento do projeto decorre no dia 12, a partir das 10h30, em pleno centro histórico – Largo do Pelourinho, numa sessão que pretende ser de “encontro” e festa das famílias (avós, filhos e netos) e turistas que nos visitam.