Bento da Cruz, referenciado por muitos como o príncipe do planalto barrosão, reproduziu na obra com o mesmo nome e que serviu de base ao projecto “O Teatro e as Serras – Pólo de Criação da Serra do Barroso”, um dos vencedores da primeira edição do Orçamento Participativo de Portugal (OPP) na área da cultura/região norte.
Com este novo projecto teatral a Filandorra pretende vivificar a riqueza do mundo rural do tempo dos nossos avós e as suas tradições e perpetuá-la junto das novas gerações, recuperando o encanto dos contos populares do tempo “de menino e moço” do escritor que alegravam as noites de inverno à lareira e alimentavam a “coscuvilhice”. Em palco o público vai descobrir quinze da meia centena de contos que compõem a obra Histórias da Vermelhinha, respeitando a classificação do próprio autor: Histórias de Galegos, Histórias de Crítica Social, Histórias Eróticas e Histórias de Padres, numa visita ao vasto planalto encantado que em termos cénicos é desenhado em luz e som: a serra, os lobos a uivar, a neve, o estio, os guardas fiscais, as pauladas… num jogo lúdico em que a dança e a performance corporal de todo o elenco vivifica a riqueza das personagens de “antanho”.
A estreia de Histórias da Vermelhinha integra o programa das comemorações do Dia do Patrono do Agrupamento de Escolas Dr. Bento da Cruz , com a apresentação em antestreia do espectáculo pelas 15h00 para toda a comunidade escolar, e às 21h30 para o público em geral, que contará com a presença de outro ilustre barrosão e amigo de longa data da Filandorra, o Padre Fontes que celebra também o seu aniversário.
Recorde-se que o projecto “O Teatro e as Serras”, tem a coordenação geral da Direção Regional de Cultura do Norte, sendo que à Filandorra foi atribuída a responsabilidade pela gestão dos polos de criação da Serra de Bornes, no âmbito do qual estreou no passado mês de novembro Contas Nordestinas de A.M. Pires Cabral em Alfândega da Fé e Macedo de Cavaleiros, e da Serra do Barroso, que tem as parcerias dos Municípios de Montalegre e Boticas, e a participação das comunidades locais na construção do espectáculo.