Em comunicado, a companhia de teatro transmontana revela que está a preparar a “entronização” da ministra da Cultura, Graça Fonseca, como a “Ti Miséria” da Cultura em Portugal, questionando “onde está a equidade” do desenvolvimento cultural do país, quando em toda a região Norte “houve quatro candidaturas elegíveis neste patamar com zero de financiamento”.
A companhia de teatro lamenta que a história se tenha repetido, com a “agravante” que neste concurso o financiamento para projetos, no valor de 40 mil euros, tenha ido “todo para a Área Metropolitana de Lisboa, que teve cinco candidaturas financiadas”.
Perante a ausência de Audiência de Interessados, David Carvalho, diretor da Filandorra, refere que “é atentatório da liberdade e da democracia”, por isso irá solicitar o acesso às candidaturas em concurso, de forma a “agirmos em defesa legítima do nosso projeto e, se necessário, junto dos tribunais”, uma vez que os resultados finais dos sucessivos concursos “só têm produzido injustiças, desigualdades e em alguns aspetos particulares são passíveis de impugnação judicial”.
Face à situação de “esquecimento e desrespeito” pela cultura na região de Trás-os-Montes e Alto Douro, a Filandorra revela que “vai, de imediato, contactar todos os grupos parlamentares da Assembleia da República, bem como pedir a intervenção da secretaria de Estado da Valorização do Interior, com sede na região, do senhor primeiro-ministro e de Sua Excelência o Presidente da República”.
A Filandorra acrescentou ainda que a candidatura que apresentou “envolve 19 municípios”, sustentando que abrange “a maior rede protocolada do país e que apoiam financeiramente o projeto em mais de 50%, sendo que à DGartes apenas foi solicitado 44,20%”.