FUTEBOL AFVR DIVISÃO DE HONRA
Dentro de campo o jogo desenrolou-se com duelos bem disputados e com as duas formações a tentarem anular-se bem. Logo no primeiro lance da partida, Cajó fez uma entrada de pitões sobre Zé Pedro e concedeu livre a favor do Vila Real. Apesar dos protestos dos jogadores, Caló gritou para dentro de campo “se é falta acabou”. Esta observação fez jus ao "fair-play "que deve existir nos jogos de futebol, valendo uma salva de palmas das bancadas.
O Valpaços estava atrevido e, ao quinto minuto de jogo, rematou ao lado da baliza defendida por Altenir. Dez minutos depois, a formação de Caló voltou a mostrar que queria vencer o jogo. Após a cobrança de um pontapé de canto, pelo extremo Dani, a bola foi desviada em direção às redes do Vila Real, mas entre o aparato acabou por ser bombeada da área.
A equipa da casa reagiu com o extremo Sampaio a transportar a bola e a fazer tremer o bloco adversário. Apesar de ter tentado assistir Phellipe, o ponta de lança foi apanhado em posição irregular.
A equipa visitante voltou a dar uso à sua “arma secreta” e encaminhou a bola para o lado direito do ataque. Dani batalhou bem mas o lance saiu pela linha de fundo, valendo-lhe um canto. Fruto desse lance valeu Altenir, que ao tentar alcançar o esférico acabou abalroado pelo adversário.
Em resposta, o Vila Real quis mostrar quem mandava no Monte da Forca, com três investidas fortes em direção à baliza defendida por Rato. Zé Pedro viu Rui Sampaio em posição privilegiada e encaminhou-lhe o esférico por alto, o extremo não efetuou a melhor receção e acabou por perder uma grande oportunidade para por a sua equipa em vantagem.
Após uma tentativa de Phellipe nas alturas, que não deu em nada, o criativo Zé Diogo recebeu a bola à entrada da área e tentou, mesmo dali, a sua sorte. Apesar de forte, o remate acabou por sair muito a cima do alvo. O Valpaços continuava coeso a defender e o Vila Real a tentar desmontar a teia que eles criaram. Mourão subiu para contribuir e cruzou para Phellipe. O avançado voltou a bater mal e o esférico sobrou para Paixão, mas também ele não deu rumo certo à bola. No ressalto, Zé Pedro matou a jogada com um remate forte, mas bem longe do retângulo de golo.
Como quem não marca sofre, o Bila continuou a massacrar a área do Valpaços, mas sem conseguir ser feliz. Num lance de contra-ataque a bola sobrou dentro da área para Dani, que assistiu Bráulio para o 0-1, estava desfeita a igualdade.
O golo caiu como um balde de água fria nos adeptos do Vila Real, mas a formação da casa não se deixou intimidar e procurou logo inverter o rumo que a partida estava a levar. À entrada da área Phellipe foi derrubado em falta por Barreto, conquistando assim um penalti importantíssimo para a formação de Patrick Canto. Na conversão, Fred Coelho não tremeu e fuzilou as redes de Rato. Estava reposta a igualdade.
A segunda parte foi marcada pelo atrevimento do Vila Real, com várias mexidas no ataque e adaptação tática para que alcançasse a vantagem no marcador. A intensidade esteve em alta de parte a parte e, apesar das várias tentativas do Valpaços, o primeiro lance de golo eminente da equipa visitante surgiu apenas aos 80 minutos. Todos os outros lances tinham sido cortados e controlados pelos defesas do Bila.
O Vila Real tentou construir várias oportunidades de golo mas a vantagem no marcador não foi alcançada. Na próxima jornada a formação de Patrick Canto volta a jogar em casa na receção ao Salto, 16º classificado, e o Valpaços volta a jogar fora, com o Ribeira de Pena.
Dani, Melhor em Campo
A estratégia do Valpaços passava por deixar o extremo direito mais aberto e aproveitar a sua velocidade nas saídas rápidas para o ataque. O nº15 respondeu da melhor forma ao manter-se sempre junto à linha à espera da variação de flanco e com pressão constante sobre Zé Diogo. Esta estratégia acabou por dar resultado já que foi Dani que assistiu Bráulio para o golo do Valpaços.
Patrick Canto, treinador do Vila Real
"Sabia que se não jogássemos no nosso limite de concentração, agressividade e de intensidade de jogo íamos ter dificuldades, e parece-me que foi isso que aconteceu.
O Valpaços bateu-se muito bem, fez um excelente jogo, é uma belíssima equipa.
Apesar do estado do relvado tínhamos que ter outra abordagem outra intensidade de jogo, mais concentração e não vamos arranjar desculpas. Hoje, simplesmente não fomos a equipa que normalmente somos e temos que olhar para nós para corrigir e não repetir os pontos onde estivemos mal"
Caló, treinador do Valpaços
“Penso que foi um grande jogo de futebol, uma partida muito bem disputada, com oportunidades de parte a parte e o resultado é justo.
Acho que fizemos história. Esta época fomos a primeira equipa que tira pontos ao Vila Real no Monte da Forca e por isso fizemos história.
Antes do jogo disse aos meus extremos que tinham que ser muito coesos a defender e muito rápidos na saída para o ataque. O nosso jogo passava por aí e parece que resultou”
Apesar de ter sofrido uma intervenção para a receção ao F.C. Porto, a contar para a Taça de Portugal, no dia 19 de outubro, o relvado do Monte da Forca tem-se vindo a degradar sucessivamente, o piso é irregular e não tem a consistência necessária para um jogo de futebol mais intenso.
Jogo disputado no Complexo Desportivo do Monte da Forca
Árbitro: André Silva
SC Vila Real: Altenir, Fred, Rui Sampaio (Eduardo, 82’), Zé Diogo, Luisinho (F.Carvalho, 62’), Paixão (Padi, 55’), Raúl Babo, Phellipe, Zé Pedro, Solas, Tiago Mourão
Suplentes não utilizados: Miranda, Edu, André Sampaio, Rui Borges
Treinador: Patrick Canto
Valpaços: Rato, Cajó, Rondinele, Barreto, Fabian, Pedro, Lubi, Rabiço (Jorge, 90+2’), Bráulio (L.Filipe, 58’), Dani (Ivo Calado, 76’), Chala (N.Miguel, 58’)
Suplentes não utilizados: Bruno Santos, Santinho, Eduardo Pedroso
Treinador: Caló
Ao intervalo: 1-1
Marcador: Bráulio (36’), Fred Coelho (38’, g.p.)
Cartões amarelos: Dani (9’), Barreto (38’), Lavrador (41’), Lubi (57’), Luisinho (59’), Rato (72’), F.Carvalho (87’)