As chamas consumiram ainda equipamentos de um bar de apoio de uma unidade de restauração local que sofreu prejuízos na ordem dos 20 mil euros.
Segundo uma testemunha local, “as chamas foram avistadas por volta das 3h40” e quando os bombeiros chegaram, “as carruagens e o cais pareciam um archote”.
Este residente acredita que foi fogo posto, “há aqui alguns toxicodependentes que utilizam as carruagens para se abrigarem e pernoitarem e o fogo começou numa dessas carruagens”, referiu este habitante local.
A GNR tomou conta da ocorrência e a Polícia Judiciária está a investigar a origem deste sinistro.
A combater as chamas no local estiveram os bombeiros de S. Mamede de Ribatua, Carrazeda de Ansiães e Vila Flor.
O Movimento Cívico pela Linha do Tua, MCLT, manifestou o seu desagrado e tristeza por ver “mais uma parte do património dos caminhos-de-ferro portugueses destruída, naquilo que já é uma imagem de anos de abandono do nosso património ferroviário e cultural, deixando estações como a do Tua à mercê do tempo e do vandalismo”.
“Que este fim imerecido alerte tanto a CP, como as gerações que guardam na memória este material, como aquelas que ainda o podem ver a trazer de novo a vida e desenvolvimento às regiões, para a tragédia que está a acontecer por inércia e falta de sentido estratégico, que na Espanha, como ficou bem patente recentemente numa peça de grande valor na televisão, é hoje absolutamente impensável deixar acontecer”, sublinhou o MCLT.
As duas carruagens Napolitanas que arderam foram construídas em 1931, nas oficinas meridionais ferroviárias de Nápoles, serviram principalmente nas linhas da PPF – Porto à Póvoa e a Famalicão e a linha do Tua.